Casinhas para cães feitas por reclusos da Penitenciária Industrial de Cascavel, no oeste do Paraná, estão sendo doadas a vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. As moradias para cães vão ser enviadas aos abrigos em todo o RS.
Serão enviadas pelo menos 600 casinhas ao estado gaúcho conforme forem concluídas. Das 108 já prontas, 24 estão a caminho de Canoas, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas no RS.
“A gente está feliz porque agora estamos conseguindo embarcar as primeiras casinhas. O caminhão é pequeno, é um pouco, mas aos poucos vai ir levando tudo “, disse uma voluntária do projeto Luciana Braga.
A contribuição faz parte do Projeto “Pipoca”, concebido por agentes penitenciários do Paraná, em colaboração com a ONG Latidos do Bem. Além das casinhas, estão sendo incluídos dentro das estruturas diversos cobertores.
Voluntários e agentes das forças de segurança do Rio Grande do Sul já realizaram o resgate de mais de 11 mil animais de estimação e silvestres, que foram afetados pelas consequências das chuvas que assolam o estado desde o final de abril.
De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), até a última terça-feira (14), foram resgatados 11.002 animais, incluindo principalmente cães e gatos, além de aves, guaxinins e cavalos como o Caramelo, que ficou horas imóvel no telhado de uma casa inundada em Canoas. O resgate dele foi transmitido ao vivo por emissoras de TV.
“Abrimos esse espaço para albergar os animais que ainda estão sendo resgatados da enchente. Conseguimos alojá-los aqui, fizemos um local para 180 cães”, afirmou o secretário interino da secretaria municipal de Proteção Animal (Sempa), André Ellwanger, nas redes sociais.
Segundo ele, os cães que chegam ao abrigo provisório vêm “muito cansados, precisando de alimentação e água”. Como em outras cidades, há muitos voluntários ajudando, principalmente veterinários.
