As fibras do psyllium voltaram ao centro das discussões sobre saúde intestinal e saciedade. Conhecida há séculos por seu efeito no intestino, a planta Plantago ovata, originária da Ásia, está ganhando nova atenção nas redes sociais, especialmente por quem busca controle do apetite e apoio à digestão.
A casca da semente contém fibras solúveis, que se transformam em gel quando em contato com a água. Essa propriedade melhora o trânsito intestinal, equilibra o colesterol, regula a glicemia e prolonga a sensação de saciedade. Esses benefícios tornam o psyllium um aliado interessante, quando usado com orientação profissional.
Apesar do destaque recente, seu uso não é novo. Civilizações antigas já utilizavam a planta por suas propriedades digestivas, e pesquisas científicas começaram a investigá-la mais a fundo a partir da década de 1970.
Saciedade, microbiota e colesterol: como agem as fibras do psyllium
As fibras do psyllium formam um gel no trato digestivo, aumentando o volume fecal, que favorece o trânsito intestinal. Além disso, essas fibras alimentam as bactérias benéficas do intestino, aumentando a produção de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato e o propionato — fundamentais para a saúde da mucosa intestinal.
A formação do gel também impacta o esvaziamento gástrico, enviando sinais ao cérebro que prolongam a saciedade. Esse processo, no entanto, não deve ser confundido com os efeitos de medicamentos para emagrecimento. Nutricionistas reforçam que o psyllium pode ser útil, mas não substitui tratamentos clínicos.
Outro ponto positivo está na redução do colesterol. As fibras se ligam aos ácidos biliares, forçando o organismo a repor esses compostos a partir do colesterol circulante. O resultado é a redução gradual dos níveis dessa gordura no sangue.
Mais fontes e cuidados com o consumo
Além das fibras do psyllium, outras fontes também fornecem efeitos semelhantes. A betaglucana da aveia, a inulina da chicória, a mucilagem presente na chia e a pectina das frutas são exemplos que contribuem para a saúde digestiva.
Mesmo com tantos benefícios, o uso do psyllium deve ser feito com cautela. Sem a ingestão adequada de água, pode causar efeitos adversos como prisão de ventre e desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento de um nutricionista ou médico é essencial.
Uma alimentação rica em vegetais, frutas, leguminosas e cereais integrais segue sendo a base ideal para garantir o consumo de fibras e manter o bom funcionamento do intestino de forma natural e equilibrada.