O IDH do Brasil apresentou uma melhora significativa, segundo o novo relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O país subiu cinco posições no ranking global, passando da 89ª para a 84ª colocação entre 193 nações analisadas, com base nos dados de 2023.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador que avalia o progresso dos países com base em três dimensões fundamentais: expectativa de vida, nível de educação e renda per capita. Na nova edição, o Brasil alcançou uma pontuação de 0,786, subindo em relação ao índice de 0,760 obtido em 2022.
Avanços em saúde e renda impulsionam melhora do IDH do Brasil
O avanço do IDH do Brasil foi atribuído principalmente ao aumento da renda nacional bruta per capita e à recuperação da expectativa de vida, após os impactos da pandemia de Covid-19. Esses dois fatores impulsionaram o desempenho geral do país, levando-o a consolidar-se na faixa de IDH “alto”, que abrange valores entre 0,700 e 0,799.
Apesar da evolução em saúde e renda, a educação segue como ponto de atenção. O tempo médio de estudo da população brasileira ainda está abaixo da média dos países com IDH alto, o que limita um avanço mais expressivo no ranking.
Comparação com o mundo e com a América Latina
O IDH do Brasil está acima da média global, que é de 0,739. No entanto, o país ainda se encontra distante do grupo com IDH “muito alto”, liderado por nações europeias e desenvolvidas.
Países com os melhores IDHs do mundo:
- Islândia – 0,972
- Noruega – 0,970
- Suíça – 0,970
- Dinamarca – 0,962
- Alemanha – 0,959
- Suécia – 0,959
- Austrália – 0,958
- Hong Kong (China) – 0,955
- Holanda – 0,955
- Bélgica – 0,951
Na América Latina, o Brasil ocupa posição intermediária. Fica atrás de:
- Chile – 0,855
- Argentina – 0,849
- Uruguai – 0,809
Mas está à frente de:
- Paraguai – 0,728
- Bolívia – 0,693
- Venezuela – 0,691
Desigualdades internas ainda são desafio
Embora os dados mostrem uma evolução positiva do IDH do Brasil, o relatório também alerta para as disparidades regionais. Há grandes variações no IDH municipal entre estados e cidades, o que evidencia a necessidade de políticas públicas específicas para reduzir desigualdades no acesso à saúde, educação e renda.
Países com os menores IDHs do mundo:
- Iêmen – 0,470
- Serra Leoa – 0,467
- Burquina Faso – 0,459
- Burundi – 0,439
- Mali – 0,419
- Níger – 0,419
- Chade – 0,416
- República Centro-Africana – 0,414
- Somália – 0,404
- Sudão do Sul – 0,388
Apesar dos desafios que ainda persistem, especialmente na área da educação e nas desigualdades regionais, o avanço no IDH do Brasil reforça uma trajetória positiva de recuperação e desenvolvimento. O crescimento na classificação global sinaliza que políticas públicas voltadas à saúde e à renda têm surtido efeito. Para consolidar esse progresso, será essencial investir em educação de qualidade e reduzir as disparidades internas, garantindo que o desenvolvimento alcance todas as regiões do país.