A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou as primeiras imagens do megamapa tridimensional do Universo, criado com o auxílio do telescópio espacial Euclides. Com uma visão de 100 milhões de estrelas e galáxias, essas imagens representam apenas 1% do projeto total, que se propõe a mapear um terço da abóbada celeste até 2030.
A missão do Euclides e as imagens do megamapa
O telescópio Euclides vai observar galáxias e estrelas a distâncias de até 10 bilhões de anos-luz. O projeto busca criar uma representação visual detalhada da formação e evolução do espaço profundo. Segundo os cientistas da ESA, o mapa completo oferecerá uma base de dados para estudar como as galáxias se formam, evoluem e interagem.
Um vislumbre do universo
As imagens reveladas pela ESA cobrem uma área de 132 graus quadrados do céu austral, aproximadamente 500 vezes a superfície aparente da Lua. Este campo de visão permite que os pesquisadores analisem a distribuição de galáxias em uma região vasta do Universo. Ao ampliar até 600 vezes, é possível ver detalhes como a estrutura espiral de uma galáxia ou a interação entre duas galáxias.
- Descoberta de menor sistema estelar pode redefinir galáxias
- Telas de celular no escuro podem prejudicar olhos e sono dos jovens
- Monumentos ficam às escuras pela Hora do Planeta
- Inovação na Construção: casa impressa 3D já pode ser realidade
- Google lança nova funcionalidade de busca no Brasil e mais 5 países
Entre as características das imagens estão as “nuvens” azuis de cirros galácticos, compostas por poeira e gás, elementos essenciais para a formação de novas estrelas. Com uma resolução de 208 megapixels, o mapa oferece uma visualização rica e detalhada do cosmos, possibilitando que cientistas e o público em geral explorem estruturas distantes.
O enigma da matéria e energia escuras
Além de oferecer uma visualização ampla do espaço profundo, o mapa 3D do Euclides tem uma missão ainda mais ambiciosa: entender melhor a matéria escura e a energia escura. Essas entidades juntas formam 95% do Universo, mas ainda são pouco compreendidas. A matéria escura, que representa 25% do cosmos, mantém as galáxias unidas, enquanto a energia escura, responsável por 70% do Universo, está por trás de sua expansão acelerada.