O mar, com seu vasto e incessante movimento, esconde um potencial energético. Agora, graças ao progresso científico, esse potencial está um passo mais perto de ser desbloqueado. Um estudo publicado na ACS Energy Letters traz à luz um método inovador para a captação de energia das ondas do mar, marcando um avanço na geração de energia renovável.
O dispositivo que mudou as regras do jogo
Cientistas aprimoraram um nanogerador triboelétrico líquido-sólido (TENG), um dispositivo capaz de transformar a energia mecânica das ondas em eletricidade. A inovação reside na reconfiguração do posicionamento do eletrodo dentro do tubo, potencializando a eficácia na coleta da chamada “energia azul”. Este ajuste resultou em um aumento de 2,4 vezes na capacidade de geração de energia em comparação com designs anteriores.
Desbloqueando o potencial das ondas
A energia azul, gerada pelo fluxo e refluxo constante do oceano, representa uma promessa para a sustentabilidade energética global. A otimização do TENG mostra um caminho viável para explorar essa fonte abundante de energia. Ao relocalizar o eletrodo para a extremidade do tubo, os pesquisadores maximizaram a colheita de energia a partir das ondas, uma estratégia simples, porém revolucionária.
Iluminando o caminho com energia das ondas
Em testes práticos, o dispositivo aprimorado não só superou seu antecessor convencional mas também demonstrou sua aplicabilidade real ao acender e apagar uma série de 35 luzes de LED. Este experimento não apenas confirma a viabilidade do dispositivo mas também antecipa seu potencial para aplicações futuras, incluindo a comunicação subaquática sem fio.
Rumo a um futuro sustentável
A geração de energia azul não é apenas uma conquista técnica; é um passo em direção a um futuro onde a energia limpa e renovável pode ser extraída das ondas do mar. Este avanço abre novas oportunidades para a sustentabilidade e coloca a humanidade em um caminho mais verde, explorando a força das ondas de uma maneira nunca antes possível.
Componentes do novo TENG
A equipe do estudo usou tubos de plástico transparente de aproximadamente 41 centímetros para criar dois TENGs. Dentro do primeiro dispositivo, eles colocaram um eletrodo de folha de cobre no centro do tubo – o local usual em TENGs líquidos-sólidos convencionais.
Para o novo design, eles inseriram um eletrodo de folha de cobre em uma extremidade do tubo, então, encheram os tubos até um quarto do comprimento com água e selaram as extremidades. Um fio conectou os eletrodos a um circuito externo.