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Conheça Rosy Isaias: pesquisadora negra no nível mais alto do CNPq

Rosy Mary dos Santos Isaias, a primeira pesquisadora negra a atingir o nível mais alto no CNPq, conta sua trajetória.
Rosy Isaias, um exemplo de pesquisadora. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Nascida em uma família de classe média no Rio de Janeiro, Rosy Mary dos Santos Isaias trilhou um caminho que, embora repleto de apoio e recursos educacionais, representou um marco histórico pela sua cor de pele. Graduada em Biologia, com mestrado e doutorado em Botânica, ela se destaca como uma das principais cientistas do Brasil em sua área, tornando-se a primeira pesquisador negra a atingir o nível mais alto do CNPq.

Quebrando barreiras

Como professora do departamento de botânica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rosy se tornou a primeira mulher negra a atingir o nível 1A do programa de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um feito que ela descreve com uma mistura de felicidade, perplexidade e alegria.

Primeira pesquisadora negra no CNPq: importância da representatividade

Rosy enfatiza a importância da representatividade na academia, destacando como sua própria trajetória serve de inspiração para outras meninas negras que sonham em seguir carreira na ciência. Ela acredita estar “abrindo uma fila” para futuras gerações, demonstrando que é possível alcançar posições de destaque na comunidade científica, independentemente da cor da pele.

Desafios e motivações

Apesar dos desafios impostos por um ambiente acadêmico que por vezes pode ser hostil ou desencorajador para minorias, Rosy se manteve firme em seu propósito. A motivação para superar obstáculos veio tanto de seu desejo de ser uma excelente professora quanto da necessidade de ter um histórico de pesquisa robusto. Isso foi reforçado pela inspiração que encontrou em alunos e pela determinação em contribuir para uma academia mais inclusiva e diversificada.

A luta contra o preconceito

Rosy relata episódios de preconceito e estranhamento devido ao seu fenótipo em posições de autoridade e como essas experiências reforçam a necessidade de continuar lutando por representatividade e igualdade na ciência. Ela destaca que, apesar dos desafios, é essencial que minorias não apenas participem, mas se destaquem nos campos acadêmicos e científicos.

Diversidade como força motriz da ciência

Finalmente, Rosy Isaias argumenta que a diversidade é crucial para o avanço científico. A presença de diversas vozes e perspectivas pode levar a soluções inovadoras para problemas complexos, ampliando o escopo do conhecimento humano além da visão eurocêntrica tradicionalmente valorizada. Essa inclusão de diferentes backgrounds culturais e étnicos enriquece o debate acadêmico e contribui para uma ciência mais completa e representativa.

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