A arborização urbana de São Paulo entrou em uma nova fase. A Prefeitura iniciou o maior inventário arbóreo já realizado no Brasil. O projeto vai catalogar cerca de 650 mil árvores da capital com tecnologia de ponta. Além disso, o investimento de R$ 18,8 milhões garantirá que o levantamento seja concluído em apenas três anos, enquanto inventários manuais costumam levar até sete.
Como funciona o mapeamento das árvores
Veículos equipados com sensores LIDAR percorrem as ruas emitindo feixes de laser em 360°. Assim, os dados coletados permitem criar imagens em 3D que mostram altura, copa, diâmetro do tronco e até sinais de doenças. Posteriormente, a inteligência artificial processa essas informações e gera relatórios detalhados. Dessa forma, técnicos conseguem planejar podas e substituições de maneira estratégica, fortalecendo o manejo da arborização urbana. A empresa Metro Cúbico Engenharia conduz a operação, que começou pela Vila Mariana e seguirá para os 96 distritos.
Nos últimos oito anos, cerca de 26 mil árvores caíram em São Paulo, o que reforça a urgência desse inventário. Só no verão de 2024, ocorreram mais de 4 mil quedas e 77 mil pedidos de poda. Portanto, o novo sistema de arborização urbana ajudará a prever situações de risco e a reduzir acidentes. Além disso, a tecnologia diminuirá os custos de manutenção e trará mais eficiência para a gestão pública. Do ponto de vista ambiental, a iniciativa ampliará a cobertura verde, contribuirá para o combate às ilhas de calor e melhorará a qualidade do ar.
No vídeo a seguir, explore a importância da arborização urbana, seus benefícios para o meio ambiente e os desafios de tornar nossas cidades mais verdes e sustentáveis:
Planos para a arborização urbana na capital
O secretário do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ashiuchi, destacou que o projeto representa um salto histórico no cuidado com o patrimônio arbóreo. Afinal, os dados coletados vão orientar novas políticas públicas e fortalecer o compromisso da cidade com a sustentabilidade. Logo, a capital poderá expandir áreas sombreadas, proteger a biodiversidade e garantir mais bem-estar à população. Ademais, o exemplo de São Paulo abre caminho para que outras cidades brasileiras adotem soluções semelhantes, tornando a arborização urbana uma prioridade para o futuro das cidades.