A 36ª edição da Bienal de São Paulo abre neste sábado (06/09), no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. O evento reúne 125 artistas e coletivos em um dos maiores encontros de arte contemporânea do mundo. Inspirada no poema Da Calma e do Silêncio, de Conceição Evaristo, a mostra segue até 11/01, com entrada gratuita. As informações são da Agência Brasil.
Criada em 1951, a Bienal é a segunda mais antiga do mundo, atrás apenas da Bienal de Veneza. Desde então, tornou-se um marco do circuito internacional das artes. Nas últimas edições, recebeu mais de 700 mil visitantes e, portanto, reafirma seu papel como maior evento de arte contemporânea do Hemisfério Sul.
Prática da humanidade na Bienal de São Paulo
Sob o título Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática, a curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung propõe reflexões sobre empatia, fome e desigualdade. Assim, a arte é apresentada como ferramenta de resistência e como possibilidade de imaginar novos caminhos para a humanidade.
O cocurador Thiago de Paula Souza destacou à Agência Brasil que a diversidade de origens dos artistas amplia o olhar coletivo. “Temos participantes do Japão, do Marrocos e do Brasil, cada um trazendo novas reflexões sobre como imaginar o futuro”, disse.
No vídeo a seguir, conheça um pouco da história da Bienal de São Paulo:
Bienal de São Paulo e os fluxos migratórios
A metáfora dos deslocamentos humanos permeia toda a expografia. Aliás, os curadores inspiraram o projeto nos fluxos migratórios das aves e conceberam o espaço como um estuário, lugar fértil de encontros. Nele, seis capítulos apresentam narrativas sobre insurgências sociais, colonialidade, cosmologias plurais e transformação contínua.
Alcance educativo em São Paulo
Além da dimensão artística, a edição da Bienal de São Paulo reforça o papel educativo. Na última, quase 70 mil crianças participaram de atividades no pavilhão. Agora, a meta é alcançar 100 mil estudantes e formar 25 mil professores da rede pública. Logo, o impacto pode chegar a mais de 1 milhão de alunos.
A programação inclui debates, performances e experiências em realidade aumentada. Afinal, a ideia é expandir a Bienal para além do espaço físico, conectando o público também em locais como o Parque Ibirapuera e fronteiras internacionais. Mais informações estão disponíveis no site oficial da Bienal.