O uso de robôs sociais para crianças com autismo tem se mostrado uma solução promissora no campo da educação e da saúde. Essas ferramentas tecnológicas ajudam a desenvolver habilidades de comunicação, socialização e aprendizado. Ao interagir com os robôs, as crianças sentem-se mais confiantes, estimuladas e abertas ao diálogo — o que representa um avanço significativo nos processos terapêuticos.
Além disso, a combinação entre robótica e neurodiversidade permite construir experiências educativas mais acolhedoras e personalizadas. Isso reforça a importância de se investir em inovação para tornar a inclusão uma realidade acessível.
O que são robôs sociais para crianças com autismo e como eles funcionam
Os robôs sociais para crianças com autismo são dispositivos físicos programados para se comunicar de forma previsível e amigável. Eles reagem a comandos simples e demonstram comportamentos que facilitam a interação, como olhar nos olhos, responder a gestos e repetir frases com clareza. Por isso, muitas crianças com TEA se sentem mais seguras ao interagir com robôs do que com outras pessoas.
Na escola Murray Bridge High School, na Austrália, o robô NÃO ajuda estudantes com autismo a desenvolver habilidades acadêmicas e sociais. Esse exemplo demonstra como a tecnologia pode se integrar de maneira eficiente ao cotidiano escolar, com resultados positivos a longo prazo.
Resultados positivos com o uso dos robôs sociais em terapias
Pesquisadores do Australian e-Health Research Centre observaram que, após semanas de interação com robôs sociais para crianças com autismo, houve aumento na atenção, nas respostas verbais e na autonomia dos pequenos. Além disso, os comportamentos aprendidos com os robôs foram aplicados em casa e em sala de aula, o que indica a transferência de habilidades para ambientes reais.
Além disso, outro exemplo vem do robô KASPAR, que auxilia terapeutas no estímulo à empatia e no reconhecimento de emoções. Com intervenções consistentes, é possível melhorar significativamente a comunicação interpessoal e reduzir barreiras sociais.
A seguir, assista ao vídeo e conheça Maria, uma robô terapêutica desenvolvida na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para interagir com crianças com autismo e síndrome de Down, de uma forma lúdica.
Robôs sociais para crianças com autismo em iniciativas internacionais
Vários países vêm ampliando o uso de robôs sociais para crianças com autismo. Em Hong Kong, o programa RABI impactou mais de 1.200 crianças desde 2015. Já na Colômbia, universidades e startups trabalham juntas para desenvolver robôs inclusivos com foco em reabilitação e desenvolvimento emocional. De fato, esse movimento global reforça o potencial da tecnologia para transformar práticas educacionais e terapêuticas. Mesmo com desafios, como a adaptação emocional e a personalização dos robôs, os resultados encorajam a continuidade das pesquisas.
Um futuro inclusivo com robôs sociais personalizados
Pesquisadores indicam que muitas crianças com TEA preferem interagir com robôs em vez de brinquedos tradicionais. Isso ocorre porque os robôs oferecem padrões previsíveis, promovendo confiança e atenção contínua. Embora ainda existam desafios, como a personalização das respostas e expressões, os avanços seguem em ritmo promissor.
Portanto, à medida que os custos diminuem e o conhecimento se expande, mais escolas e clínicas poderão integrar robôs sociais às suas metodologias. De acordo com o CSIRO, a tendência é que essas ferramentas ganhem escalabilidade nos próximos anos.
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