Depois de quatro meses de cuidados, um tamanduá-bandeira resgatado no Pantanal voltou ao seu habitat. O animal foi solto em uma fazenda em Miranda (MS), região afetada pelos incêndios no Pantanal em 2024. Ele havia sido encontrado com queimaduras nas quatro patas, causadas pelo fogo que devastou 80% da área.
Batizado de Luizinho, o tamanduá-bandeira recebeu tratamento com pele de tilápia para queimaduras, técnica usada na reabilitação de animais silvestres. Antes da soltura, ganhou um banho refrescante e, ainda desconfiado, caminhou lentamente pela vegetação.
Para acompanhar sua adaptação, os pesquisadores instalaram um equipamento de monitoramento de fauna com GPS, acoplado a uma pequena mochila. Isso permite estudar seus movimentos e comportamento no ambiente natural.
Preservação e pesquisa genética do tamanduá-bandeira
O retorno de Luizinho é uma vitória para quem atua na preservação do tamanduá-bandeira. Ele foi o único sobrevivente entre sete animais da espécie salvos naquela temporada. Amostras de sangue foram enviadas à Alemanha, onde cientistas sequenciaram o genoma do Myrmecophaga tridactyla. O material servirá como base para estudos sobre a conservação da fauna brasileira.
A biodiversidade do Pantanal tem sofrido com o avanço das queimadas. Além de Luizinho, as onças-pintadas Itapira e Miranda, também animais vítimas de queimadas, foram devolvidas à natureza após recuperação.
Histórias como essa reforçam a importância da soltura de animais na natureza e da proteção das espécies ameaçadas no Brasil, como o tamanduá-bandeira.
Você sabia que há projetos de apoio à fauna silvestre resgatada? Informar-se e compartilhar essas ações pode ajudar a preservar o equilíbrio do bioma.