A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, inovou ao anunciar um curso sobre o impacto político e social de Beyoncé, uma das artistas mais influentes da atualidade. Com previsão de início para 2025, o curso visa explorar a trajetória da cantora como ponto de partida para o estudo de intelectuais negros e suas contribuições à política e à cultura. A proposta é contextualizar o legado da artista dentro da tradição radical negra e sua influência sobre movimentos sociais.
O curso e seu enfoque no engajamento político
A professora Daphne Brooks, do departamento de Estudos Afro-Americanos de Yale, ministrará o curso “Beyoncé faz história: tradição radical negra, cultura, teoria e política através da música” (tradução livre de Beyoncé makes history: black radical tradition, culture, theory & politics through music). Brooks, uma estudiosa da influência cultural de mulheres negras na música, já havia oferecido um curso similar na Universidade de Princeton.
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A relevância do trabalho de Beyoncé desde 2013
O curso se concentrará no impacto das produções musicais de Beyoncé a partir de 2013, ano em que lançou o álbum “Beyoncé”. Com esse trabalho, a artista trouxe ao mainstream temas como o feminismo negro e as questões de raça e identidade. Em canções como “Flawless”, Beyoncé incorporou trechos da autora feminista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, tornando-se a primeira artista pop a utilizar falas de uma feminista negra em uma produção musical de grande alcance.
Beyoncé e a tradição radical negra
Brooks destaca que Beyoncé não apenas produziu músicas impactantes, mas também entrelaçou sua arte com história, política e vida cultural negra. Sua performance tornou-se um meio de reflexão sobre libertação e justiça social, uma característica que coloca a artista em um patamar único na música contemporânea. “Não há ninguém como ela”, declarou Brooks em entrevista ao Yale Daily News.