Ana Carolina Moura, mais conhecida como Carol, tornou-se um exemplo de superação ao conquistar a medalha de ouro na categoria até 65 kg do taekwondo durante a Paralimpíada de Paris. Sua jornada é marcada por desafios e conquistas, refletindo sua determinação e paixão pelo esporte.
Carol Moura e o taekwondo: início no esporte e superação
Carol, natural de Belo Horizonte (MG), nasceu com má-formação congênita no antebraço direito. Sua introdução ao taekwondo ocorreu de forma inesperada. Após ser assaltada e perder um colar dado por sua tia, ela decidiu aprender autodefesa. Antes disso, Carol experimentou outros esportes, como natação, futebol, dança e ginástica rítmica, mas foi no taekwondo que encontrou sua verdadeira paixão.
Trajetória até a medalha de ouro
Carol desembarcou na França como uma das favoritas ao pódio. Ocupando o segundo lugar no ranking mundial da World Taekwondo, ela já havia conquistado o título de campeã mundial, o que a colocava como uma forte candidata na competição paralímpica. Sua jornada até o ouro incluiu vitórias sobre adversárias de destaque, como a grega Christina Gkentzou e a camaronesa Marie Antoinnette Dassi. Na final, enfrentou a francesa Djelika Diallo, resistindo à pressão da torcida local e garantindo o primeiro lugar no pódio.
Desafios e resiliência
A jornada de Carol não foi fácil. Durante seu treinamento, sofreu uma lesão no ligamento do joelho, que a afastou do tatame por um ano. No entanto, sua determinação a trouxe de volta ao esporte, e ela não desistiu até alcançar o topo. “Comecei como hobby, mas o taekwondo se tornou uma parte essencial da minha vida”, relembra a atleta para o Agência Brasil.
Apoio à equipe brasileira
Além de sua conquista pessoal, Carol mostrou-se uma grande apoiadora de seus colegas de equipe. Ela esteve presente durante as lutas de Silvana Fernandes e Nathan Torquato, torcendo fervorosamente por eles. “Sou uma boa atleta, mas uma excelente torcedora”, brinca Carol, demonstrando seu espírito de equipe.
Impacto e legado
A conquista de Carol representa um marco para o Brasil na Paralimpíada de Paris, sendo a primeira medalha de ouro fora das modalidades tradicionais de natação e atletismo. Sua vitória inspira não apenas outros atletas, mas também todos aqueles que enfrentam desafios em suas vidas.