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Pesquisadores tornam impressoras 3D mais sustentáveis

Dispositivo de universidade brasileira torna impressoras 3D mais eficientes e sustentáveis.
Pesquisadores brasileiros tornam impressoras 3D mais sustentáveis

O universo da impressão tridimensional enfrenta desafios ligados ao desperdício e descarte de materiais, principalmente devido às variações do diâmetro do polímero usado. Esse problema pode levar ao entupimento dos sistemas das impressoras 3D e à produção de peças frágeis, aumentando a quantidade de material descartado. No entanto, uma nova solução surge do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), prometendo tornar esse processo mais sustentável.

Pesquisadores do IQ Unicamp desenvolveram um carretel inovador que controla automaticamente o diâmetro do polímero, adaptável a diversos materiais plásticos. Segundo o pesquisador Diego Campaci de Andrade, o controle é feito por um microcontrolador digital operado por software.

“Para se produzir peças customizadas de melhor qualidade, é necessário um controle preciso da extrusão do filamento, de forma a se obter um diâmetro dentro da capacidade de trabalho da impressora 3D. Pelo controle do torque do carretel foi possível gerar filamentos com diâmetro homogêneo, diminuindo as chances de entupimento ou da criação de peças frágeis e irregulares na impressora 3D”, afirma o pesquisador.

O dispositivo permite uma produção mais uniforme dos filamentos, com ajustes de diâmetro realizados através de modificações na programação de seu algoritmo de controle. Isso resulta em produtos de melhor qualidade e menor índice de rejeição, segundo Diego Campaci de Andrade.

Essa inovação não apenas aprimora a qualidade dos objetos impressos, mas também representa um avanço na redução de desperdício e descarte de materiais no processo de impressão 3D. A Agência de Inovação Inova Unicamp disponibiliza o licenciamento desse equipamento para uso comercial, abrindo caminhos para uma produção mais limpa e eficiente.

O professor André Luiz Barboza Formiga, também do Instituto de Química, enfatiza a importância de gerar filamentos com diâmetro constante. Ele explica que a uniformidade no polímero evita rejeitos e desperdício de material. “Se o polímero não estiver dessa forma, podem ocorrer rejeitos e o fio ficar ruim, vai ser preciso jogar fora, descartá-lo. Por isso, esse controle automatizado do carretel para impressoras 3D contribui para diminuir as perdas, ou seja, diminuir a matéria-prima que vira lixo”, conclui Formiga.

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