O Instituto Butantan acaba de apresentar ao público um espaço que transforma curiosidade em aprendizado ao ar livre. Inaugurado em fevereiro de 2025, o Laboratório de Ecologia e Evolução (LEEv) surge suspenso entre árvores da Mata Atlântica, dentro do Parque da Ciência. Dessa maneira, o local cria uma vivência em que pesquisa científica e lazer caminham juntos, aproximando visitantes da rotina de conservação animal. Ao mesmo tempo, a iniciativa amplia o acesso ao conhecimento e convida famílias inteiras a entender como a ciência atua na proteção da biodiversidade.
Além da arquitetura integrada à floresta, o laboratório chama atenção pelo acervo vivo. Entre os destaques estão serpentes raras, como a jararaca-ilhoa e a jararaca-de-alcatrazes, espécies que vivem em ilhas brasileiras e enfrentam riscos constantes fora de ambientes controlados. Assim, os terrários permitem observar de perto adaptações únicas desses animais, enquanto educadores explicam sua importância para o equilíbrio dos ecossistemas.
Apoio
Nesse contexto, a visita deixa de ser apenas contemplativa. Ao percorrer passarelas suspensas e observar os viveiros, o público compreende como o Instituto Butantan alia pesquisa científica, bem-estar animal e educação ambiental. Como resultado, crianças, jovens e adultos passam a enxergar a preservação das espécies não como um conceito distante, mas como uma responsabilidade compartilhada e acessível.
Ciência elevada ao cotidiano do Instituto Butantan
Ao longo de passarelas suspensas, os visitantes percorrem quatro edificações integradas à floresta. Durante o trajeto, educadores do Instituto Butantan explicam como funcionam os terrários e detalham de que forma cada ambiente reproduz o habitat natural dos animais. Além disso, janelas transparentes permitem acompanhar o cuidado diário com serpentes raras, o que desperta atenção tanto de crianças quanto de adultos.
No primeiro bloco, cobras como a jararaca-ilhoa e a cobra-do-milho atraem olhares atentos. Para tornar a experiência mais próxima, a equipe apresenta peles e chocalhos de cascavel, que podem ser tocados sob orientação. Assim, conceitos de ecologia deixam os livros e ganham forma concreta diante do público, fortalecendo a conexão com a natureza.
Educação ambiental que cria vínculos
Nos blocos seguintes, o roteiro revela áreas administrativas e espaços de bem-estar animal. Em dias úteis, pesquisadores atuam nesses ambientes, o que reforça a transparência científica do Instituto Butantan. Logo abaixo das plataformas, o reptário reúne tartarugas, jabutis e cágados em áreas abertas, onde educadores explicam hábitos e diferenças entre as espécies de maneira acessível.
Aos sábados, uma atividade especial permite contato supervisionado com serpentes, sempre com vagas limitadas. Com isso, a iniciativa mostra que o conhecimento reduz receios e amplia o cuidado com a biodiversidade brasileira.
Horizontes de aprendizado vivo
Com entrada gratuita e reservas online, o novo laboratório suspenso amplia o papel do Instituto Butantan como espaço de ciência aberta. Ao integrar pesquisa, educação e natureza, o local estimula novas gerações a valorizar o conhecimento e a preservação ambiental. Assim, o passeio deixa de ser apenas informativo e passa a construir vínculos duradouros com a ciência.
