Categoria Sustentabilidade

Arquitetura chinesa que resfria casas inspira soluções naturais contra o calor extremo

Uma técnica da arquitetura chinesa que resfria casas volta ao debate global ao mostrar como pátios internos reduzem o calor de forma natural, mesmo em períodos de temperaturas extremas.

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A arquitetura chinesa que resfria casas ganhou atenção fora da Ásia em meio às ondas de calor que marcam 2025 no Brasil e em outras partes do mundo. Enquanto capitais brasileiras enfrentam dias acima da média histórica, construções erguidas há séculos na China mostram que o conforto térmico pode nascer do próprio desenho do espaço, sem depender de equipamentos elétricos.

Papel dos pátios internos

Essa arquitetura aparece nos pátios internos, conhecidos como tiān jǐng, presentes em residências tradicionais do sul e do leste da China. Localizados no centro das casas, esses pátios atuam como reguladores naturais do clima. Assim, eles permitem a entrada de luz, favorecem a circulação do ar e criam áreas de sombra. Com isso, o ar quente sobe e sai pela abertura superior, enquanto o ar mais fresco ocupa os ambientes inferiores.

Apoio

Pesquisas realizadas em vilas históricas das províncias de Anhui e Jiangxi indicam que essa solução da arquitetura chinesa que resfria casas mantém os pátios entre 2,6 °C e 4,3 °C abaixo da temperatura externa. Parte desse efeito vem da ventilação cruzada. Outra parte ocorre pela presença de água, que ao evaporar ajuda a reduzir o calor. Esse método, hoje chamado de refrigeração passiva, já fazia parte da rotina dessas moradias há centenas de anos.

Moradores que viveram nessas residências relatam sensação constante de frescor, mesmo durante verões longos. Além disso, os pátios internos da arquitetura chinesa que resfria casas funcionam como espaços de convivência, reunindo famílias e fortalecendo relações cotidianas. O desenho arquitetônico unia conforto ambiental e vida comunitária em um mesmo espaço.

Como a arquitetura chinesa que resfria casas inspira projetos atuais

Com políticas de incentivo a edificações de baixo carbono, arquitetos chineses voltaram a observar esse legado construtivo. Prédios públicos, museus e até torres comerciais passaram a adotar grandes vazios centrais inspirados no tiān jǐng. A proposta é reduzir o uso de ar-condicionado em parte do ano, aproveitando princípios já presentes na arquitetura chinesa que resfria casas.

A arquitetura chinesa que resfria casas sugere que enfrentar o calor pode começar pela forma como os espaços são pensados. Assim, em um cenário de temperaturas mais altas, revisitar soluções do passado ajuda a projetar cidades mais confortáveis, eficientes e adaptadas ao clima local.