Categoria Saúde

Investimento de R$ 9,8 bilhões no SUS reforça adaptação climática na saúde

Ministério da Saúde anuncia R$ 9,8 bilhões para adaptar o SUS às mudanças climáticas, com novas obras, equipamentos e diretrizes estruturais para unidades de saúde.

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O  Sistema Único de Saúde (SUS) vai receber investimento de R$ 9,8 bilhões, anunciado no domingo (30/11) para preparar a rede pública diante dos efeitos das mudanças climáticas. Além disso, o Ministério da Saúde apresentou a decisão no 14º Abrascão e integrou o anúncio ao AdaptaSUS, estratégia lançada na COP30, em Belém. Por isso, a medida reforça estruturas básicas, amplia a segurança e mantém o atendimento mesmo durante eventos climáticos extremos.

No primeiro terço da iniciativa, o Ministério da Saúde apresentou o Sistema Único de Saúde, como eixo central da adaptação. Além disso, a rede atende populações que enfrentam enchentes, estiagens e ondas de calor. Durante o anúncio, o ministro Alexandre Padilha afirmou que a crise climática representa um problema de saúde pública. Ele também destacou que, no mundo, um em cada 12 hospitais paralisa atividades por fenômenos intensos. Assim, o dado reforça a urgência das obras e dos novos padrões estruturais.

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SUS: investimento e novas diretrizes

O pacote de investimento para o SUS inclui a construção de unidades modernas e a compra de equipamentos capazes de resistir às variações ambientais. Além disso, o Ministério da Saúde lançou o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, que detalha como UBS, UPAs e hospitais podem adotar inteligência predial, autonomia de energia e água e sistemas reforçados de segurança. As diretrizes integram o PAC Saúde e, portanto, orientam projetos de infraestrutura e gestores locais em todo o setor público de saúde.

Ao mesmo tempo, especialistas de instituições como Fiocruz, Anvisa, Opas e conselhos de saúde compõem o grupo técnico que desenvolve as orientações de adaptação. Esse grupo também avalia riscos, compatibiliza normas e incentiva boas práticas de engenharia em áreas vulneráveis. Dessa forma, a Saúde Pública Nacional, recebe suporte técnico para transformar o guia em ações locais e ampliar os efeitos do investimento.

Avanços científicos

O Ministério da Saúde também apresentou a Instância Nacional de Ética em Pesquisa, criada para modernizar a análise ética em estudos com seres humanos. Segundo a pasta, a nova estrutura reduz duplicidades, define critérios de risco e regula biobancos. Além disso, a medida aproxima o país de práticas internacionais e incentiva participação em pesquisas clínicas, que também podem receber impulso por meio do AdaptaSUS.