O gel dentário regenerativo ganhou destaque recente após estudos do Japão e do Reino Unido sugerirem que uma nova geração de tratamentos poderá estimular o surgimento de dentes adicionais ou reparar estruturas danificadas. A expectativa surgiu quando a Universidade de Kyoto avançou, em setembro de 2024, para testes clínicos com crianças que vivem com agenesia dentária congênita, condição marcada pela falta de dentes permanentes.
Além disso, pesquisadores japoneses investigam a inibição da proteína USAG-1, responsável por bloquear a formação de dentes extras. Quando essa barreira é temporariamente desativada, torna-se possível promover o desenvolvimento de novas estruturas dentárias.
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Ensaios anteriores com camundongos e furões mostraram respostas animadoras e levaram à continuidade das avaliações em humanos. No entanto, especialistas lembram que a confirmação de eficácia ainda depende de etapas longas e rigorosas, o que mantém as expectativas em torno do gel regenerador dentário sob análise cautelosa.
Enquanto isso, cientistas do King’s College London exploram outro caminho: a regeneração natural de dentina em dentes afetados pela cárie. A equipe utiliza a substância Tideglusib, aplicada em uma esponja biodegradável de colágeno colocada em contato direto com a polpa dental. Em ratos, essa técnica recuperou cavidades de 0,13 mm em seis semanas e abriu espaço para terapias menos invasivas. Esse método, descrito como gel dental regenerador, pode ampliar a abordagem de mínima intervenção na odontologia. Além disso, reforça a possibilidade de que o gel dentário regenerativo integre práticas futuras de reparo biológico.
Perspectivas do gel dentário regenerativo na prática clínica
Mesmo com o entusiasmo, o professor José Carlos Imparato destaca que nem toda lesão atinge o nervo, o que limita o uso da técnica. Ele também explica que o recurso tende a beneficiar perdas precoces, casos de trauma ou condições como hipodontia, oligodontia e agenesia. Nesse cenário, o gel de regeneração dentária aparece como possível aliado, embora não substitua áreas consolidadas, como a Implantodontia.
O cirurgião-dentista Luiz Rodolfo May reforça a importância de manter gengivas saudáveis, dentes livres de tártaro e consultas periódicas. Segundo ele, esse avanço soma novas possibilidades e favorece um futuro em que tratamentos naturais convivem com técnicas tradicionais, ampliando opções sem abrir mão da prevenção.
Dessa forma, essa combinação pode gerar um cenário mais humano, no qual inovação e cuidado caminham juntos para fortalecer a saúde bucal, sobretudo quando o uso do gel dentário regenerativo amadurecer em estudos clínicos.
