Categoria Empreendedorismo

Etarismo no mercado de trabalho: como Dennis Herszkowicz desafia estigmas à frente da TOTVS

Dennis Herszkowicz, CEO da TOTVS, defende o valor da experiência e enfrenta o etarismo no mercado de trabalho com políticas internas e visão de longo prazo.

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O etarismo no mercado de trabalho ganhou um novo contraponto no debate corporativo brasileiro a partir da trajetória de Dennis Herszkowicz, CEO da TOTVS. Segundo entrevista concedida ao podcast De frente com CEO, da revista Exame, conduzido pela repórter Layane Serrano, o executivo apresentou uma leitura direta sobre envelhecimento profissional, inovação e liderança. Nesse contexto, ele sustenta que ignorar a experiência não apenas empobrece decisões, como também limita o potencial das empresas em ciclos de transformação acelerada.

Ao revisitar sua própria carreira, o etarismo no mercado de trabalho surge como pano de fundo de uma trajetória marcada por ajustes e aprendizado contínuo. Inicialmente, formado em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Herszkowicz passou por empresas como Credicard e Unilever. Mais tarde, no fim dos anos 1990, ingressou no nascente ecossistema digital ao fundar a Gibraltar.com. Com o tempo, a experiência revelou que crescimento sustentável exige visão ampla, preparo técnico e maturidade de gestão.

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Etarismo no mercado de trabalho e a liderança na tecnologia

Desde 2018 na presidência da TOTVS, Herszkowicz passou a liderar uma empresa que opera sistemas por onde circula cerca de um quarto do Produto Interno Bruto brasileiro diariamente. Dessa forma, o etarismo no mercado de trabalho deixa de ser apenas um debate social e passa a integrar decisões estratégicas. Além disso, com mais de 13 mil colaboradores e presença em todas as cidades brasileiras acima de 200 mil habitantes, a companhia depende da integração entre conhecimento acumulado e novas abordagens tecnológicas.

Como resposta prática ao etarismo no mercado de trabalho, a TOTVS ampliou o perfil de contratação e passou a valorizar profissionais acima dos 50 anos. Ao mesmo tempo, a empresa aposta em equipes formadas por diferentes gerações. Segundo Herszkowicz, inovação não nasce da idade, mas do encontro entre repertórios diversos.

Como afirmou à Exame: “O mercado precisa dar oportunidade para quem tem mais de 40 ou 50 anos. Hoje, 50 é o novo 30”.

Caminhos adiante

Além do enfrentamento ao etarismo no mercado de trabalho, a TOTVS também investe em formação e impacto social. Por meio do Instituto da Oportunidade Social (IOS), cerca de 3 mil jovens em situação de vulnerabilidade são capacitados todos os anos. Em paralelo, a Universidade TOTVS mantém a qualificação contínua de colaboradores e parceiros. Assim, a estratégia aponta para um futuro em que tecnologia, experiência e inclusão caminham juntas, redesenhando a forma como o trabalho é pensado no Brasil.