A menor taxa de desemprego desde 2012 coloca o mercado de trabalho brasileiro em um patamar raro da série histórica. No trimestre encerrado em novembro, o índice ficou em 5,2%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado sinaliza uma virada após anos de instabilidade. Além disso, também amplia a sensação de segurança para milhões de famílias que dependem da renda do trabalho.
Menor taxa de desemprego e a redução inédita da desocupação
Entre setembro e novembro, o país registrou 5,6 milhões de pessoas sem trabalho. Trata-se do menor número de desocupados já apontado pela PNAD Contínua. No extremo oposto da série, o trimestre encerrado em março de 2021 marcou o pico do desemprego no Brasil. Naquele período, 14,9 milhões estavam fora do mercado, em meio à pandemia de covid-19. Assim, a comparação ajuda a dimensionar o alcance atual da queda do desemprego, de acordo com o IBGE.
Mercado de trabalho mais ativo com ocupação recorde
Ao mesmo tempo, o número de pessoas ocupadas chegou a 103,2 milhões. Esse é o maior contingente já registrado no país. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas com 14 anos ou mais trabalhando, alcançou 59,0%. Além disso, esse percentual também representa um recorde histórico da pesquisa. O avanço do emprego formal e informal sustenta a leitura positiva da menor taxa de desemprego.
Os reflexos aparecem no cotidiano. Mais pessoas empregadas indicam maior circulação de renda. O consumo tende a se tornar mais previsível. O planejamento familiar também fica menos sujeito a sobressaltos. Persistem desafios ligados à qualidade das vagas e à renda média. Ainda assim, o cenário atual se mostra mais favorável para decisões individuais e empresariais.
O patamar observado pelo IBGE cria uma base mais sólida para políticas públicas e estratégias privadas ligadas ao trabalho. Com a menor taxa de desemprego e o nível de ocupação em alta, o país entra em um ciclo que pode sustentar ganhos sociais ao longo do tempo. Assim, esse avanço depende da continuidade da atividade econômica e da abertura de novos postos de trabalho mais estáveis.
