Categoria Cultura

Como foi a primeira viagem de volta ao mundo de bicicleta?

Em 1884, Thomas Stevens iniciou a primeira volta ao mundo de bicicleta. A jornada atravessou continentes, virou livro e mudou a forma de enxergar viagens longas.

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A volta ao mundo de bicicleta parecia improvável no fim do século XIX. Naquele período, não existiam mapas detalhados, estradas adequadas ou turismo estruturado. Ainda assim, o inglês Thomas Stevens decidiu cruzar continentes pedalando. Em 1884, ele partiu com uma bicicleta de roda alta e uma disposição rara. Mais do que cumprir um trajeto, essa história colocou Stevens diante do desconhecido como parte do caminho.

Desafio do desconhecido

A volta ao mundo de bicicleta teve início na América do Norte, onde Stevens já vivia desde a juventude. Em seguida, ao avançar para a Europa e depois para a Ásia, surgiram barreiras culturais e idiomas distintos. Além disso, condições naturais imprevisíveis marcaram essa história. Ainda assim, cada trecho percorrido ampliava o sentido, com trajetória guiada pela curiosidade humana.

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Ao longo de mais de dois anos, Thomas Stevens transformou estradas, trilhas e caminhos improvisados em uma rota pessoal. Durante essa volta ao mundo de bicicleta, ele registrou a experiência em anotações detalhadas. Posteriormente, esse material deu origem ao livro Around the World on a Bicycle. A obra chamou atenção ao relatar hábitos locais, paisagens e encontros dessa viagem, revelando regiões pouco conhecidas do público ocidental.

Como a volta ao mundo de bicicleta virou referência

Com o tempo, a volta ao mundo de bicicleta ganhou notoriedade por antecipar práticas hoje comuns. O cicloturismo e a viagem solo já estavam presentes nessa viagem, embora sem essas denominações. Além disso, Stevens mostrou que não dependia de luxo. Em vez disso, exigia preparo e persistência.

Enquanto isso, o relato da volta ao mundo de bicicleta circulou em jornais e livrarias. Como resultado, despertou interesse internacional. Aos poucos, a bicicleta deixou de ser apenas um meio urbano. Passou, então, a simbolizar liberdade e descoberta ligadas a essa jornada. Assim, a experiência individual de Stevens ampliou o imaginário coletivo sobre viagens longas.

Por fim, mais de um século depois, a volta ao mundo de bicicleta segue inspirando viajantes. Em tempos de rotas digitais e deslocamentos rápidos, a história de Thomas Stevens permanece atual. Afinal, explorar o planeta também pode ser um exercício de tempo, atenção e conexão humana.