O impacto econômico do audiovisual brasileiro ganhou nova dimensão em 2024. O estudo “A Contribuição Econômica da Indústria Audiovisual do Brasil em 2024”, elaborado pela Oxford Economics a pedido da Motion Picture Association (MPA) e lançado durante o RioMarket, revelou que o setor gerou R$ 70,2 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e sustentou 608.970 empregos diretos, indiretos e induzidos. O levantamento mostrou ainda que a remuneração média mensal é de R$ 6.800, valor 84% acima da média nacional. Além disso, cada profissional do setor cria, em média, quatro novos postos em outras áreas, reforçando o efeito multiplicador dessa cadeia criativa.
Audiovisual no Brasil ultrapassa expectativas globais
A contribuição direta do audiovisual ao PIB chegou a R$ 31,6 bilhões, enquanto R$ 38,6 bilhões vieram de efeitos indiretos e induzidos. Esses números mostram que o setor não apenas gera renda, mas também movimenta inovação tecnológica e cultural. Em tributos, o relatório aponta uma arrecadação de R$ 9,9 bilhões.
Cada produção, seja um curta independente ou uma série internacional, estimula o consumo, amplia o turismo e fortalece negócios locais. Dessa forma, o audiovisual brasileiro se consolida como um dos pilares da economia criativa. O avanço das plataformas de streaming e as novas coproduções internacionais indicam um cenário de crescimento consistente.
Indústria automotiva e farmacêutica ficam atrás
O impacto econômico do audiovisual impressiona quando comparado a outros setores. De acordo com a Oxford Economics, o número de 121.840 empregos diretos supera o da indústria automotiva e se iguala ao da farmacêutica. Essa diferença revela o potencial do audiovisual como campo de trabalho qualificado e diverso.
A cadeia produtiva reúne roteiristas, diretores, técnicos, atores e produtores. Juntos, eles fortalecem a economia nacional e expandem o alcance da cultura brasileira. Além disso, a cada R$ 10 milhões gerados pelo setor, outros R$ 12 milhões são impulsionados em áreas como turismo, publicidade e tecnologia.
O impacto econômico do audiovisual aponta novos caminhos
O estudo da MPA e da Oxford Economics reforça que a cultura é também um investimento rentável. As entidades do setor defendem políticas de incentivo e programas de formação que ampliem o acesso a oportunidades. O relatório, apresentado no Festival do Rio, destaca o elo entre arte, economia e inovação.
Nos próximos anos, o audiovisual deve ganhar ainda mais espaço no cenário internacional. Com novos talentos, tecnologias acessíveis e parcerias globais, o setor promete gerar prosperidade e reconhecimento. Assim, o impacto econômico do audiovisual confirma-se como símbolo da força criativa e empreendedora do Brasil.