O Implanon no SUS já é uma realidade. O Ministério da Saúde anunciou o início da distribuição do implante contraceptivo subdérmico, com o primeiro lote de 100 mil unidades. Além disso, enviou 100 kits de treinamento para capacitar médicos e enfermeiros na inserção do método. Dessa forma, o governo busca ampliar o acesso a um recurso seguro, gratuito e duradouro para prevenir a gravidez indesejada.
Uma opção de longa duração
O Implanon tem validade de até três anos e se soma ao Dispositivo Intrauterino (DIU) como opção de longa duração no sistema público. Ao contrário da pílula ou dos injetáveis, o implante não depende da adesão diária da mulher. Assim, garante maior eficácia e segurança. Até o fim de 2026, a meta é distribuir 1,8 milhão de unidades, sendo 500 mil apenas neste ano. O investimento previsto é de R$ 224 milhões, recurso que reforça a modernização da saúde reprodutiva no Brasil.
A distribuição do Implanon no SUS começará em outubro e será direcionada para regiões com maiores índices de vulnerabilidade social e gravidez na adolescência. A secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, explicou: “Todas as nossas adolescentes e mulheres em idade fértil, de 14 a 49 anos, vão poder buscar mais essa opção de saúde sexual e reprodutiva nas unidades.” Assim, o governo pretende reduzir desigualdades regionais e fortalecer a autonomia feminina.
Impacto positivo do Implanon no SUS e na saúde pública
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a iniciativa da distribuição do Implanon no SUS representa um marco. “É uma revolução que vai garantir acesso gratuito às mulheres a uma medicação que costuma custar muito caro no serviço privado. O implante contribui não só para prevenir a gravidez, mas, na prática, vai reduzir a mortalidade materna que temos no país.” Com essa política, o SUS reafirma seu papel de oferecer tecnologia de ponta a quem mais precisa.
A previsão de alcançar milhões de mulheres até 2026 mostra que políticas de longo prazo podem transformar realidades. Ao investir em métodos modernos, o Brasil amplia o leque de escolhas e fortalece a saúde pública. Espera-se que o acesso ao Implanon no sistema público (SUS) ajude a prevenir a gravidez precoce, reduza riscos e traga mais qualidade de vida para adolescentes e mulheres em todo o país.