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Corredores ecológicos vão unir Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai em iniciativa inédita

A Iniciativa Rios da Onça-Pintada lança corredores ecológicos de 2,5 milhões de km² na América do Sul. O projeto une Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai para restaurar habitats, proteger espécies e apoiar comunidades locais.

Na quarta-feira (24/09), durante a Semana do Clima de Nova York, ocorreu o lançamento da Iniciativa Rios da Onça-Pintada. O plano pretende criar corredores ecológicos em uma área de 2,5 milhões de km² que conecta Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai. A proposta transforma rios e margens em rotas naturais de reconexão, permitindo que espécies-chave, como a onça-pintada, circulem novamente por territórios fragmentados. Assim, ecossistemas separados voltam a se comunicar e recuperar vitalidade.

Os organizadores projetam que apenas no Brasil o alcance seja de 1,2 milhão de km², com prioridade para o Pantanal e a Mata Atlântica do Paraná. A estratégia combina quatro zonas funcionais: áreas nucleares de conservação, faixas de amortecimento com atividades sustentáveis, fragmentos restaurados a cada 150 km e rios como ligação principal. Para viabilizar a execução, já existem compromissos de US$ 26 milhões para os primeiros anos. Além disso, o plano prevê um horizonte de 20 anos e pode servir como modelo global de restauração.

Comunidades e biodiversidade fortalecidas

A iniciativa também busca apoiar comunidades locais. Com isso, ecoturismo, manejo florestal sustentável e práticas agroecológicas ganham espaço como alternativas de renda. Ao mesmo tempo, espécies emblemáticas como ariranhas, antas e cervos-do-pantanal encontram mais áreas para sobreviver. Organizações como o Fundo Rewilding Argentina, Onçafari (Brasil), Fundación Moisés Bertoni (Paraguai) e Nativa (Bolívia) lideram a execução. Já a Wyss Foundation, Rainforest Trust e Tompkins Conservation estão entre os principais financiadores.

Futuro dos corredores ecológicos na região

Criar corredores ecológicos em quatro países exige superar barreiras legais, políticas e econômicas. No entanto, transformar rios em caminhos de vida e fronteiras em pontos de união pode consolidar um dos maiores esforços de restauração já tentados no planeta. Caso avance como planejado, a iniciativa inspirará outros projetos em bacias semelhantes e oferecerá um legado duradouro para a biodiversidade da América do Sul. Assim, a esperança de um futuro mais equilibrado se fortalece.

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