A redução da pobreza no México alcançou o menor índice em quatro décadas, marcando um dos momentos mais emblemáticos da história social recente do país. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), mais de 13,4 milhões de pessoas deixaram a condição de pobreza entre 2018 e 2024, refletindo a prioridade do governo em direcionar recursos públicos para os setores mais vulneráveis. A presidente Claudia Sheinbaum Pardo comemorou a conquista em 17 de agosto de 2025, durante ato oficial em Ecatepec, e classificou o resultado como “uma façanha que deve encher de orgulho todos os mexicanos”.
Redução da pobreza no México reflete políticas sociais
O balanço do INEGI revelou que em 2024 a pobreza multidimensional atingiu 29,6% da população mexicana, o que equivale a 38,5 milhões de pessoas. Dentro desse universo, 24,2% estavam em pobreza moderada e 5,3% em pobreza extrema. Esses índices representam o patamar mais baixo registrado nos últimos 40 anos, um feito que reforça a importância de políticas de redistribuição. Ao mesmo tempo, os números mostram que ainda há milhões de cidadãos em situação de vulnerabilidade, o que demanda continuidade e aprimoramento dos programas sociais.
Segundo Claudia Sheinbaum, a redução da pobreza no México está diretamente ligada ao modelo de desenvolvimento nacional implementado na chamada Quarta Transformação. Esse modelo buscou redistribuir a riqueza e priorizar investimentos em programas de apoio aos mais necessitados, em contraste com gestões anteriores, quando os recursos se concentravam em uma parcela menor da população. Entre os destaques, estão o aumento do salário mínimo, a ampliação de bolsas e subsídios, além de investimentos em saúde e educação. Esses fatores contribuíram para mudanças concretas no cotidiano de milhões de famílias mexicanas.
Desigualdade em queda, mas desafios persistem
Além da redução da pobreza, a Pesquisa Nacional de Renda e Despesa das Famílias indicou queda na desigualdade entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres no México. O índice passou de 38 vezes para 14 vezes, um recuo expressivo, embora ainda distante de uma distribuição equilibrada. Essa melhora reforça a relevância de políticas voltadas para inclusão, mas também evidencia que o país continua enfrentando disparidades profundas. A presidente reconheceu que há setores que não querem admitir os avanços, mas insistiu que os dados demonstram mudanças consistentes.
A perspectiva para os próximos anos é de continuidade nas políticas que impulsionaram a redução da pobreza no México, combinando programas sociais com crescimento econômico e fortalecimento de serviços básicos. Especialistas ressaltam que o desafio será consolidar as conquistas e ampliar a rede de proteção social para garantir estabilidade a longo prazo. Se mantido esse ritmo, o país poderá não apenas preservar o marco histórico atual, mas também abrir caminho para uma sociedade mais justa e equilibrada, em que milhões de cidadãos tenham acesso a oportunidades e qualidade de vida.