O tratamento da dor orofacial ganhou uma nova alternativa graças à pesquisa da Universidade de Fortaleza (Unifor). A equipe multidisciplinar desenvolveu uma nanoformulação inédita da proteína vegetal frutalina, retirada da fruta-pão, que agora pode ser administrada por via oral. Essa conquista promete transformar a vida de milhões de pessoas no mundo, já que a condição compromete o bem-estar diário e exige terapias mais eficazes.
Avanço científico com proteína vegetal
Durante décadas, a frutalina despertou interesse pela sua capacidade de aliviar dores, acelerar cicatrização e proteger o estômago. Antes, no entanto, os pacientes só tinham acesso a ela por meio de injeções. Com a tecnologia de nanoencapsulamento, a proteína passa a resistir ao sistema digestivo e chega íntegra ao intestino. Assim, o tratamento se torna mais prático, seguro e confortável, além de ampliar o alcance clínico dessa descoberta.
Reconhecimento internacional da pesquisa
Os experimentos com animais confirmaram que a versão oral da frutalina produziu resultados equivalentes — e até superiores em alguns casos — aos obtidos pela aplicação injetável. A publicação no conceituado periódico AAPS PharmSciTech validou o impacto global da pesquisa. “Os testes rigorosos comprovaram a eficácia e a superioridade dessa nova abordagem”, afirmou a professora Adriana Rolim, coordenadora de pesquisa da Unifor, destacando o potencial transformador do estudo.
Impacto social e novas possibilidades
Além de oferecer um avanço direto para o tratamento da dor orofacial, o projeto também abre caminho para que outras proteínas de interesse médico, como a insulina, possam ser administradas pela via oral. Dessa forma, a Unifor reforça sua missão de gerar soluções que unem ciência e impacto social. “Pesquisas como essa posicionam a Universidade de Fortaleza como protagonista em inovação na saúde”, destacou Adriana Rolim.
Futuro da nanotecnologia na saúde
O grupo continua expandindo suas investigações, agora explorando a via nasal como alternativa para a administração de proteínas. Essa rota, conhecida como “nose-to-brain”, promete entregar substâncias diretamente ao sistema nervoso central, com início rápido de ação e redução de efeitos colaterais. Esse caminho mostra que a nanotecnologia pode transformar não apenas o tratamento da dor orofacial, mas também o futuro da medicina personalizada.