O número de centenários no Japão atingiu o patamar inédito de 99.763 pessoas em setembro de 2025, segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar. Além disso, o crescimento de 4.644 pessoas em relação ao ano anterior confirma a posição do país como líder mundial em longevidade.
Esse marco foi anunciado pouco antes do Dia do Respeito aos Idosos, celebrado em 15 de setembro. Nessa data, os novos centenários recebem cartas e taças de prata enviadas pelo primeiro-ministro. Desse modo, a tradição japonesa reforça a valorização da experiência e da contribuição dos mais velhos para a sociedade.
Perfil dos centenários no Japão
Entre os centenários no Japão, as mulheres representam ampla maioria. São 87.784 mulheres, o que corresponde a 88% do total, contra 11.979 homens. Essa diferença acompanha a expectativa de vida no país, hoje de 87,13 anos para elas e 81,09 anos para eles. Assim, a predominância feminina evidencia o impacto da saúde pública, da nutrição e do estilo de vida.
Casos individuais reforçam o cenário. A pessoa mais idosa do Japão é Shigeko Kagawa, de 114 anos, médica obstetra-ginecologista aposentada que trabalhou até os 86. Já o homem mais velho é Kiyotaka Mizuno, de 111 anos, da província de Shizuoka. Portanto, esses exemplos mostram como dedicação e hábitos saudáveis prolongam a vida com dignidade.
No vídeo a seguir, confira 7 hábitos japoneses para ter uma vida mais leve:
Onde vivem os japoneses longevos
O acompanhamento dos centenários no Japão começou em 1963, quando apenas 153 pessoas tinham 100 anos ou mais. Desde então, o crescimento foi expressivo. Atualmente, a província de Shimane lidera pelo 13º ano consecutivo, com 168,69 centenários por 100 mil habitantes, seguida por Kochi e Tottori. Por outro lado, regiões urbanas como Saitama apresentam índices bem menores.
O marco de quase 100 mil centenários no Japão não é apenas estatístico. Ele simboliza políticas de saúde eficazes, práticas culturais e laços sociais que priorizam o bem-estar. Além disso, inspira outros países a refletirem sobre envelhecimento ativo e digno. Assim, o Japão mostra que envelhecer pode ser sinônimo de vitalidade, respeito e esperança para as próximas gerações.