O reflorestamento popular no Brasil se consolida como uma das principais estratégias de recuperação ambiental com participação comunitária. Desde 2020, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) plantou mais de 45 milhões de árvores em assentamentos e áreas degradadas. A iniciativa faz parte do plano “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” e busca alcançar 100 milhões de árvores até 2030.
Comunidade e agrofloresta de mãos dadas
A proposta de reflorestamento popular une preservação ambiental e geração de renda para famílias do campo. Com viveiros coletivos e sistemas agroflorestais, assentados e parceiros cultivam mudas que não apenas recuperam áreas, mas também garantem alimentos saudáveis. Até o fim de 2023, o MST recuperou 15 mil hectares e organizou mais de 300 viveiros em diferentes estados, o que fortalece o alcance da ação.
Além disso, o movimento defende que a recuperação ambiental deve caminhar junto com a reforma agrária popular. “Essa década, entre 2020 e 2030, nós entendemos como crucial no que diz respeito à biodiversidade e também à saúde das comunidades”, afirmou Maíra Santiago, dirigente do MST em Minas Gerais. No vídeo a seguir, conheça o Viveiro Ecológico do assentamento Hochiminh, em MG:
Reflorestamento popular no Brasil como esperança climática
O reflorestamento popular também contribui para mitigar mudanças climáticas, reduzir a erosão do solo e proteger nascentes. As ações contam com apoio de universidades, instituições públicas e organizações ambientais, o que amplia as oportunidades de aprendizado e de fortalecimento comunitário.
Nesse sentido, o MST projeta ampliar parcerias e expandir o alcance dos mutirões. A meta de 100 milhões de árvores até 2030 representa não apenas um compromisso ambiental, mas também um caminho de esperança que transforma territórios em espaços de vida, saúde e convivência sustentável.