A pesca esportiva no Brasil acaba de dar um passo importante rumo ao crescimento sustentável e inclusivo. De acordo com a Agência Brasil, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) criou o Comitê da Pesca Amadora e Esportiva, ligado ao Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape). O novo órgão tem como missão fortalecer políticas públicas, valorizar o setor e ampliar a representatividade nos espaços de decisão.
Com potencial ainda pouco explorado, a prática já envolve cerca de sete milhões de brasileiros. Além disso, segundo a Confederação Brasileira de Pesca Esportiva (CBPE) e o Sebrae, o setor movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano e gera aproximadamente 200 mil empregos diretos e indiretos. Dessa forma, a pesca esportiva no Brasil conecta lazer, turismo e desenvolvimento econômico.
Inclusão e diversidade na pesca esportiva no Brasil
A criação do Comitê também fortalece a inclusão de públicos historicamente pouco representados. A diretora de Promoção da Igualdade da CBPE, Hellen Pontieri, lembrou o evento “Anzol Rosa”, considerado o maior encontro feminino de pesca esportiva da América Latina. Em 2024, o torneio reuniu mais de 600 pescadoras no Pantanal, evidenciando o avanço da participação feminina.
Segundo Hellen, ampliar a diversidade é fundamental. “Promover igualdade é uma questão de justiça, mas também de fortalecimento do próprio segmento: diversidade gera inovação, engajamento e desenvolvimento”, destacou.
Turismo, renda e futuro sustentável da pesca esportiva no Brasil
Com 8,5 mil quilômetros de litoral e 35 mil km de rios navegáveis, o Brasil possui enorme potencial para o turismo de pesca esportiva. Somente no Amazonas, a atividade movimenta quase R$ 200 milhões por temporada, segundo a Amazonastur. Esse cenário reforça que a pesca pode ser também uma poderosa ferramenta de geração de renda para comunidades locais.
Para Régis Portari, secretário-executivo da CBPE e presidente do Comitê, o novo espaço de governança garante estabilidade e diálogo entre sociedade e governo. “É um setor desenvolvido, com possibilidade de crescimento, capaz de gerar renda e novos eventos de grande porte no país”, afirmou.
A expectativa é que o colegiado fortaleça iniciativas como o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Pesca Amadora e Esportiva, lançado neste ano. Dessa forma, a pesca esportiva no Brasil tende a se consolidar como uma prática sustentável, inclusiva e cada vez mais integrada ao turismo e à economia nacional.