A adoção do uso de dados na gestão pública vem mudando a forma como cidades brasileiras planejam, decidem e atendem sua população. O reconhecimento internacional conquistado por oito municípios mostra que inovação, inclusão e sustentabilidade podem caminhar juntas quando a tecnologia é aplicada em benefício coletivo.
Em Niterói (RJ), dados de segurança e educação ajudaram a criar programas que já qualificaram centenas de jovens em temas de sustentabilidade e tecnologia. Além disso, o Rio de Janeiro mapeou famílias em extrema pobreza, garantindo cerca de 3.700 novas matrículas escolares e melhorias habitacionais para mais de 7 mil residências. Em Caruaru (PE), por sua vez, as evidências coletadas em saúde pública levaram à redução de 6% nas gestações na adolescência e de 76% nos casos de sífilis.
Inovação urbana e inclusão digital
O uso de dados na gestão pública em Belo Horizonte (MG) ampliou o acesso à internet gratuita em 2.100 pontos, capacitando mais de 17 mil pessoas em tecnologia e empreendedorismo digital. Enquanto isso, Mogi das Cruzes (SP) utiliza sistemas de análise para otimizar energia, mobilidade e segurança. Em Fortaleza (CE), entretanto, o monitoramento detalhado do trânsito resultou na queda de 57% nas mortes em vias urbanas, um dos avanços mais expressivos do país.
O Recife (PE) integrou programas sociais e registrou queda de 15% na violência em regiões atendidas pelos Centros Comunitários da Paz (Compaz). Portanto, a capital pernambucana mostra como políticas baseadas em evidências podem salvar vidas. Além disso, a Prefeitura já prevê novas metas, como o mapeamento de equipamentos eletroeletrônicos para recondicionamento, a ampliação da infraestrutura tecnológica em telecentros e escolas, além da criação de indicadores para acompanhar os impactos sociais e educacionais do programa. Saiba mais sobre o projeto:
Segurança e sustentabilidade com o uso de dados na gestão pública
Já em Porto Alegre (RS), a digitalização dos serviços reduziu em 42% o uso de papel, reforçando o compromisso ambiental. Segundo o programa What Works Cities, essas cidades cumpriram de 51% a 84% dos 43 critérios de excelência no uso de dados na gestão pública.
Esses exemplos revelam que governar com base em evidências não é apenas modernizar processos. Sobretudo, é garantir mais qualidade de vida. Assim, com tecnologia e participação social, o uso de dados na gestão pública se consolida como um caminho para cidades mais humanas, sustentáveis e inovadoras.
