Categoria Sustentabilidade

Fundo climático global pode transformar a preservação ambiental

O fundo climático global, também chamado Fundo Florestas Tropicais para Sempre, foi proposto pelo Brasil na COP28. A iniciativa deve mobilizar US$ 4 bilhões anuais, premiar países que reduzem o desmatamento e fortalecer povos indígenas e comunidades tradicionais. O lançamento oficial acontece em novembro, durante a COP30 em Belém, e pode se tornar um marco na preservação da Amazônia e outros biomas tropicais.

O fundo climático global, oficialmente batizado de Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), é uma das propostas mais ousadas da agenda ambiental recente. Criado a partir de iniciativa brasileira na COP28, em 2023, o mecanismo foi pensado para premiar países que mantêm suas florestas tropicais em pé e reduzem o desmatamento.

A meta é mobilizar US$ 4 bilhões anuais. Mais de 70 nações tropicais terão acesso aos recursos, desde que mantenham taxas de desmatamento abaixo de 0,5%. Além disso, pelo menos 20% do valor se destinará a povos indígenas e comunidades tradicionais, reconhecendo o papel dessas populações como guardiãs essenciais da biodiversidade.

Fundo climático global e impacto no equilíbrio do planeta

Diferente de modelos baseados apenas em doações, o fundo climático global funciona como um investimento contínuo. Os repasses seguem a lógica de pagamento por desempenho: quanto maior a área preservada, maior o benefício. Em caso de desmatamento ou degradação, os valores caem. Essa lógica pode superar em até 100 vezes os ganhos atuais do mercado voluntário de carbono, fortalecendo a conservação ambiental.

As florestas tropicais, em especial a Amazônia, exercem papel fundamental no equilíbrio climático. Elas armazenam bilhões de toneladas de carbono, regulam o regime de chuvas e sustentam a agricultura em várias regiões da América do Sul. Além disso, seus “rios voadores” levam umidade para outras partes do continente, garantindo água para milhões de pessoas. Saiba mais sobre o Fundo Florestas Tropicais:

Caminhos de esperança para a Amazônia e além

O PNUD estima que florestas degradadas podem gerar até 20% das emissões globais de gases de efeito estufa. Portanto, mecanismos como o fundo climático global representam soluções eficazes e de baixo custo para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 ºC.

O lançamento oficial está previsto para novembro de 2025, durante a COP30 em Belém. Assim, o Brasil assume papel de liderança internacional ao propor um modelo que vai além da pauta ambiental, abrangendo também dimensões sociais e econômicas. Com essa abordagem, o fundo pode abrir caminho para a bioeconomia sustentável, valorizando comunidades locais e protegendo a vida em escala planetária.

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