A preservação do Cerrado ganhou impulso em 2025. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os alertas de desmatamento caíram 20,8% entre agosto de 2024 e julho de 2025. O número de queimadas também ficou abaixo da média histórica, segundo o MapBiomas. Esses resultados mostram que políticas públicas, fiscalização e mobilização social estão começando a dar efeito.
Mais do que estatísticas, esses avanços trazem esperança. Afinal, o Cerrado abastece oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras, cuja preservação é fundamental para milhões de pessoas e para a economia do país.
Impacto social e novas tecnologias
Além da fiscalização, a ciência tem contribuído de forma decisiva na preservação do cerrado. O projeto CerraData-4MM, por exemplo, utiliza imagens de satélite para mapear áreas de uso do solo com mais precisão. Isso ajuda a identificar ameaças e direcionar ações de preservação. Assim, políticas ambientais se tornam mais eficazes, e produtores rurais podem adotar práticas sustentáveis.
Do ponto de vista social, cresce a articulação entre povos tradicionais, pesquisadores e organizações civis pela preservação. Eventos como a COP do Cerrado reforçam que o bioma não é apenas um espaço agrícola, mas também território de vida, cultura e diversidade.
Caminhos para a preservação do cerrado
Apesar de apenas 7,5% do Cerrado estar protegido em unidades de conservação, os avanços recentes indicam que a mudança é possível. O desafio está em ampliar a preservação do Cerrado, conciliando produção com conservação e valorizando comunidades que já protegem o bioma.
Portanto, com o apoio da ciência, a força das comunidades locais e políticas públicas mais consistentes, a preservação do Cerrado ganha novas perspectivas. Esse é um passo essencial para garantir água, biodiversidade e equilíbrio climático para as próximas gerações.