O fim da escala 6×1 ganhou novo fôlego no Congresso Nacional em agosto de 2025, quando a Câmara dos Deputados instalou uma subcomissão especial para tratar da jornada de trabalho no Brasil. A iniciativa tem como presidente a deputada Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, e relator o deputado Luiz Gastão, do PSD do Ceará. A CNN Brasil noticiou que o grupo já anunciou um calendário de audiências públicas para ouvir sindicatos, especialistas e representantes do setor produtivo.
Além disso, a instalação da subcomissão foi considerada um passo simbólico, pois recoloca a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores no centro da agenda política.
Impactos sociais e de saúde
Atualmente, a escala 6×1 exige seis dias consecutivos de trabalho para apenas um de descanso. Assim, para centrais sindicais e pesquisadores, esse modelo compromete a saúde física e mental dos trabalhadores. A Fundacentro, órgão ligado ao Ministério do Trabalho, destacou em julho de 2025 que jornadas mais curtas aumentam a produtividade e reduzem acidentes.
Ademais, especialistas lembram que trabalhadores submetidos a longas jornadas tendem a ter menos tempo para convivência familiar e lazer, o que impacta diretamente na qualidade de vida.
Propostas em discussão
Entre as medidas em debate está a PEC 8/2025, protocolada pela deputada Erika Hilton. A proposta prevê a redução da jornada para quatro dias semanais, com manutenção salarial, e a extinção definitiva da escala 6×1. O portal Notícia Preta informou que outros parlamentares se mobilizam, como o senador Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, que apresentou iniciativas no Senado.
Nesse sentido, a Comissão de Direitos Humanos do Senado ressaltou que experiências internacionais apontam ganhos de qualidade de vida e inovação nas empresas quando se adota a semana de quatro dias.
Caminhos e esperanças para o fim da escala 6×1
Embora ainda em fase inicial, o debate sobre o fim da escala 6×1 representa um marco civilizatório. Ele coloca o Brasil em sintonia com experiências internacionais que já testam jornadas mais curtas. Portanto, especialistas ouvidos pela Agência Senado acreditam que a mudança pode abrir espaço para equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, além de fortalecer a produtividade.
Sobretudo, o tema promete ser uma das pautas centrais de 2025 no Congresso, unindo saúde, inovação e esperança em jornadas mais humanas.