Pesquisadores da Universidade da Flórida desenvolveram um chip fotônico que utiliza luz em vez de eletricidade para executar cálculos de inteligência artificial. Nos testes, a tecnologia atingiu eficiência até 100 vezes superior à de chips tradicionais, mantendo a mesma precisão em tarefas de aprendizado de máquina. Assim, essa conquista abre caminho para energia limpa para data centers, hoje responsáveis por cerca de 2% da eletricidade consumida no mundo, conforme a Agência Internacional de Energia (IEA).
Data centers sustentáveis e impacto ambiental
Os centros de dados são o coração da economia digital, mas seu funcionamento exige enormes volumes de eletricidade, grande parte destinada ao resfriamento dos servidores. Contudo, com a redução drástica da demanda energética trazida pelos chips fotônicos, os data centers poderão integrar com mais facilidade matrizes renováveis, como solar e eólica. Portanto, isso significa menos emissões, maior eficiência e uma transição mais rápida rumo à sustentabilidade digital.
Futuro da computação óptica e energia limpa em data centers
A indústria já se movimenta para adotar soluções fotônicas. Afinal, a NVIDIA anunciou que, a partir de 2026, passará a integrar elementos ópticos em seus sistemas de IA, reforçando a viabilidade comercial da tecnologia. Para o professor Volker J. Sorger, líder da pesquisa, “a computação óptica será parte fundamental de cada chip de IA do futuro”. Logo, a energia limpa para data centers deixa de ser uma visão distante e passa a se consolidar como realidade próxima.