O edital BNDES Bacia do Rio Xingu 2 foi lançado no Dia da Amazônia (05/09) e marca um passo importante para a restauração ecológica. A iniciativa destina R$ 6,3 milhões, provenientes do Fundo Socioambiental do BNDES e de parceiros privados como Energisa, Norte Energia S/A e Fundo Vale. Assim, até seis projetos poderão ser contemplados, fortalecendo a preservação ambiental e as comunidades locais.
Aliás, essa ação faz parte do programa Floresta Viva, gerido pelo Funbio, que já mobilizou cerca de R$ 460 milhões em diferentes biomas brasileiros. A meta consiste em restaurar até 35 mil hectares nos próximos sete anos e capturar até 11 milhões de toneladas de CO₂ em 25 anos.
Floresta Viva fortalece comunidades e cadeias produtivas
Os projetos apoiados pelo edital BNDES precisam atuar em Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente, Reservas Legais em propriedades rurais, assentamentos de reforma agrária e territórios indígenas e quilombolas. Conforme as regras, no mínimo 50% dos recursos recebem aplicação diretamente em restauração ecológica.
Além disso, a chamada pública prioriza iniciativas que ampliem a capacitação de comunidades e fortaleçam cadeias produtivas sustentáveis. Para Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, esse modelo de investimento une preservação da Amazônia e desenvolvimento social, criando oportunidades de renda e inclusão.
Inscrições abertas até novembro
As inscrições para o edital BNDES ficam abertas até 07/11/2025. Podem participar apenas instituições sem fins lucrativos com pelo menos dois anos de existência, como associações civis, fundações privadas e cooperativas.
Ademais, o Funbio programou duas reuniões virtuais de esclarecimento, nos dias 10/10 e 28/10/2025, para garantir transparência no processo e orientar os interessados. Portanto, a participação nesses encontros pode ser decisiva para a qualidade das propostas apresentadas.
Continuidade do primeiro edital BNDES na região
Em 2023, o primeiro edital voltado à Bacia do Xingu selecionou quatro projetos, com investimento de R$ 20,3 milhões. Posteriormente, restou o saldo de R$ 6,3 milhões, agora direcionado para ampliar o alcance das ações de restauração.
Segundo Aloizio Mercadante, presidente do banco, o edital BNDES reforça o papel estratégico da instituição no fomento a um modelo de desenvolvimento sustentável. Afinal, o objetivo não é apenas recuperar áreas degradadas, mas também valorizar as comunidades tradicionais que vivem no território.
Mais detalhes estão disponíveis no portal oficial do BNDES.