Pescadores encontraram um tubarão laranja vibrante em águas próximas ao Parque Nacional Tortuguero, na Costa Rica, e pesquisadores já o consideram uma das descobertas mais surpreendentes da vida marinha recente. Eles identificaram a espécie como tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum), geralmente vista em tons acinzentados ou marrons.
Os cientistas explicam que o fenômeno resulta do xanthism, uma condição genética rara que reduz pigmentos escuros e realça cores amarelas ou alaranjadas. O achado representa o primeiro registro do tipo no Caribe, um marco histórico para a biologia marinha.
Tubarão laranja e o mistério do xanthism
O tubarão laranja chamou atenção não apenas pela cor intensa, mas também pelos olhos brancos sem íris visíveis, sugerindo uma combinação rara de xanthism com albinismo. Embora em teoria esse tipo de alteração pudesse torná-lo mais vulnerável, o exemplar atingiu a idade adulta, provando uma notável capacidade de adaptação.
“É extremamente raro observar essas mutações em tubarões. Este achado abre portas para entender melhor a genética dos peixes cartilaginosos”, afirmou um dos biólogos marinhos consultados pela BBC News.
Tubarão laranja e a conservação marinha
O registro do tubarão laranja não traz apenas fascínio, mas também reforça a importância da preservação dos ecossistemas marinhos. Áreas protegidas, como Tortuguero, são fundamentais para garantir que espécies raras e variações genéticas únicas sobrevivam.
Além disso, especialistas destacam que estudos futuros poderão revelar como condições ambientais e genéticas interagem para criar fenômenos tão incomuns.
Um símbolo raro da vida marinha
O tubarão-lixa laranja é, até agora, o único exemplar conhecido no mundo com essas características. Para a ciência, representa um avanço inédito na compreensão da genética marinha. Para os pescadores que o encontraram, um momento inesquecível.
Descobertas assim reforçam a urgência da conservação marinha — um lembrete de que proteger os oceanos é proteger o futuro.
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