Categoria Economia

Soja brasileira conquista China e supera americana nas exportações

Soja brasileira assume a dianteira nas exportações para a China, impulsionada por safra recorde, tarifas sobre os EUA e vantagens competitivas; setor mantém liderança, mas ainda enfrenta desafios econômicos e climáticos.

A soja brasileira reafirma seu protagonismo no mercado global ao conquistar fatia crescente das importações chinesas, ultrapassando claramente o grão norte-americano. Esse avanço resulta de uma safra histórica e, sobretudo, das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que favoreceram o produto nacional.

Crescimento impulsionado por grandes safras e tarifas

Nos últimos anos, a China vem substituindo gradualmente a soja americana pela oleaginosa brasileira. Estima-se que, entre setembro e outubro, mais de 12 milhões de toneladas sejam importadas da América do Sul, com o Brasil na liderança. Além disso, o aumento da produção doméstica consolidou o país como principal fornecedor global, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Soja brasileira: impacto das tarifas e vantagens competitivas

As tarifas impostas pela China sobre a soja americana, que chegaram a 20%, tornaram o grão brasileiro mais competitivo. A American Soybean Association alertou que esse cenário permitiu à soja brasileira suprir integralmente a demanda chinesa. Portanto, o fator geopolítico somou-se à eficiência logística e à escala da agricultura nacional.

Soja brasileira: recordes de produção e exportação

De acordo com dados oficiais do USDA e da Secex, o Brasil superou os Estados Unidos em exportações: em 2023, enviou 3,7 bilhões de bushels contra 1,7 bilhão dos americanos. Além disso, em 2024, o Brasil embarcou mais de 74 milhões de toneladas de soja brasileira para a China — volume que representou mais de 70% das importações do país asiático. Esses números reforçam a força das commodities agrícolas brasileiras no mercado mundial.

Tendências futuras e possíveis desafios

Apesar da trégua tarifária entre Washington e Pequim, a soja brasileira continua responsável por cerca de 70% das compras chinesas. Contudo, especialistas apontam que fatores como o câmbio, a desaceleração da economia chinesa e mudanças no consumo podem alterar esse quadro. Ainda assim, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma safra de 168 milhões de toneladas em 2025, o que sustenta a competitividade frente aos EUA. Logo, o Brasil permanece como peça-chave no triângulo comercial global.

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