Categoria Economia

Empregos na eletrificação das frotas podem dobrar até 2050

Estudo do ICCT Brasil mostra que a produção nacional de veículos elétricos pode dobrar os empregos até 2050, com mais renda e foco em setores sustentáveis.

A eletrificação da frota brasileira é uma oportunidade histórica de transformar não só o setor automotivo, mas também as oportunidades de emprego. De acordo com o estudo “A transição da indústria brasileira para veículos elétricos e seus efeitos em emprego e renda”, lançado pelo ICCT Brasil com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a produção de veículos elétricos no país tem potencial para dobrar o número de empregos até 2050.

A análise, desenvolvida por pesquisadores da UNICAMP, USP e ICCT, destaca que investir na fabricação nacional de baterias e no desenvolvimento de competências técnicas em eletromobilidade é o caminho para uma transição energética justa. Esse movimento também representa uma chance de criar uma nova e robusta cadeia industrial, com impactos positivos na economia e no bem-estar social

Eletrificação das frotas impulsiona novos setores

A maior parte dos empregos na eletrificação das frotas estará concentrada em serviços técnicos especializados, engenharia, logística e comércio. Em seguida, aparecem setores manufatureiros ligados diretamente à produção de máquinas, veículos e equipamentos elétricos.

Com o avanço da eletromobilidade, setores tradicionais como os de combustíveis fósseis, agropecuária intensiva e autopeças convencionais tendem a encolher. No entanto, o saldo líquido ainda será amplamente positivo: 88% mais empregos em comparação ao modelo atual.

Empregos na eletrificação das frotas geram mais renda e qualificação

Outro dado promissor do estudo é o aumento expressivo da renda agregada: o valor gerado no cenário de eletrificação será 85% maior do que no modelo atual. Além disso, a distribuição da renda será mais favorável aos trabalhadores: 53% irão para salários, contra 45% no modelo baseado em combustíveis fósseis.

“O crescimento das vendas de elétricos é um sinal claro de mudança. Agora, precisamos garantir que essa transição traga também benefícios sociais e econômicos”, ressalta Marcel Martin, diretor-executivo do ICCT Brasil.

Exportações são chave para manter oportunidades

O estudo alerta que, sem políticas públicas para impulsionar as exportações de veículos elétricos, o país pode perder até 14% do potencial de geração de empregos. Por isso, recomenda-se a adoção de medidas como incentivos fiscais, crédito à exportação e acordos comerciais com países da América Latina.

Com planejamento estratégico, o Brasil pode não apenas acompanhar a transformação global no setor automotivo, mas liderar uma transição justa e geradora de oportunidades. Acesse a íntegra do estudo no site oficial do ICCT Brasil.

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