Categoria Saúde

Esperança renovada com terapia que cura surdez genética

Estudo publicado na Nature Medicine mostra que nova terapia genética reverte surdez hereditária em crianças com mutações no gene OTOF, com 100% de eficácia inicial.

Um avanço descrito pela Nature Medicine está reescrevendo a história de famílias que convivem com a surdez hereditária. A terapia que cura surdez genética, testada em crianças com mutações no gene OTOF, restaurou a audição de forma completa em todos os casos clínicos analisados — um feito sem precedentes na medicina.

Ao contrário de próteses auditivas e implantes cocleares, que apenas simulam sons, essa abordagem inovadora permite que os pequenos voltem a escutar naturalmente. Além disso, o tratamento favorece o desenvolvimento espontâneo da fala, ampliando as possibilidades de aprendizado e socialização.

Como age a terapia que cura surdez genética

A base da terapia que cura surdez genética está na entrega de uma cópia funcional do gene OTOF diretamente na cóclea. Por meio de um vetor viral adeno-associado, os pesquisadores introduzem o material genético essencial para produzir a proteína otoferlina, responsável por converter vibrações sonoras em impulsos neurais.

Essa aplicação ocorre por meio da chamada “janela redonda”, uma membrana no ouvido interno, sem necessidade de cirurgia invasiva. De maneira impressionante, algumas crianças responderam a estímulos auditivos já no primeiro mês, segundo dados de acompanhamento clínico.

Resultados imediatos e duradouros com a terapia que cura surdez genética

Entre os 10 pacientes tratados, com idades de 1 a 24 anos, todas as crianças apresentaram recuperação auditiva significativa. Os resultados mais expressivos ocorreram entre os 5 e 8 anos. Uma menina de 7 anos, por exemplo, passou a conversar com a mãe espontaneamente após quatro meses, superando inclusive os resultados de implantes cocleares tradicionais.

Outro dado impactante: o limiar auditivo médio caiu de 106 decibéis — nível de ruído de uma motocicleta — para 52 decibéis, equivalente ao volume normal da fala humana. Essa transição demonstra que a terapia, de fato, devolve a capacidade auditiva funcional e natural. Ademais, não houve efeitos colaterais severos registrados até o momento.

Futuro promissor da terapia que cura surdez genética

Embora os estudos ainda estejam em fase experimental, as perspectivas são altamente otimistas. A equipe científica, formada por especialistas da China, Suécia e Estados Unidos, já planeja aplicar a técnica em outras mutações genéticas associadas à surdez, como GJB2 e TMC1.

Se as próximas etapas confirmarem os resultados positivos, espera-se que a terapia que cura surdez genética seja incorporada à prática médica nos próximos cinco anos. Isso representa uma nova era de possibilidades para milhares de famílias.

A publicação completa está disponível na revista científica Nature Medicine, que apresentou os dados de forma detalhada e transparente, consolidando o estudo como uma das descobertas mais promissoras da genética aplicada à saúde auditiva.

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