Um filme sobre quilombolas protagonizado por uma criança chega aos cinemas em 07/08. “A Mensagem de Jequi”, dirigido por Igor Amin, emociona com uma história de ancestralidade, resistência e cuidado com a natureza. Jequi, um menino do Vale do Jequitinhonha, lança ao mar uma garrafa com uma mensagem. Ele pede ajuda para salvar as águas de sua comunidade.
Com isso, a trama constrói uma ponte entre Brasil, Moçambique e Portugal. Dessa forma, promove o diálogo entre povos que compartilham raízes africanas e desafios ambientais.
Sabedoria ancestral e protagonismo infantil
Inspirado por oficinas com crianças quilombolas da Escola Mestre Virgínia Reis, o filme sobre quilombolas combina ficção e realidade. Jequi não é apenas um mensageiro. Pelo contrário, ele se torna um herói sensível e corajoso, que compartilha o saber dos mais velhos e desafia o silêncio.
“Eu queria que todo mundo cuidasse da água como a gente cuida aqui”, diz uma das crianças que participaram da criação. A frase resume a força do enredo.
Além disso, o diretor destaca o sentido profundo do projeto. Para Igor Amin, o longa “é um convite à escuta das águas e dos povos que cuidam da terra com sabedoria e respeito”.
Quem são os quilombolas retratados no filme
Para compreender a potência do filme sobre quilombolas, é essencial entender quem são esses povos. Os quilombolas são descendentes de africanos escravizados que fundaram os quilombos — comunidades autônomas criadas como forma de resistência entre os séculos XVI e XIX. Ao longo do tempo, esses territórios se consolidaram como espaços de liberdade, cultura e proteção da ancestralidade negra.
Atualmente, os quilombolas formam grupos étnico-raciais com identidade própria, modos de vida tradicionais e uma forte ligação com o território onde vivem. Além disso, preservam saberes, festas, religiosidade e práticas sustentáveis herdadas dos ancestrais. Embora a Constituição de 1988 reconheça seus direitos, muitos ainda enfrentam desafios para garantir o acesso à terra, educação diferenciada, saúde e visibilidade.
Representatividade quilombola no centro do filme sobre quilombolas
Nesse sentido, o filme sobre quilombolas se destaca ao colocar uma criança negra como protagonista. Kaique Santos Silva vive Jequi com doçura e força. No elenco também estão Mateus Andrade, Hillary Moreira, Meryê Paraguassu e Lírio Zango.
O cartaz, assinado por Larissa Da Cruz e Maiara Sipoli, já emociona à primeira vista. Além disso, a direção de arte de Cecília Morbidoni, com animações sensíveis e poéticas, enriquece ainda mais a linguagem visual da obra.
O filme já foi selecionado por festivais como a Mostra de Tiradentes, o CineOP e o FICI. Com distribuição da Ao Vento Filmes, chega aos cinemas como um sopro de renovação e esperança. Confira abaixo o trailer oficial do filme sobre quilombolas “A Mensagem de Jequi” e mergulhe na jornada poética de Jequi em defesa das águas, da infância e da ancestralidade.
Filme sobre quilombolas valoriza territórios e luta por justiça
Mais de 1,3 milhão de pessoas se declaram quilombolas no Brasil. São descendentes de comunidades fundadas por africanos escravizados que resistiram com coragem. Elas vivem espalhadas por todo o país e protegem biomas importantes, como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica.
Portanto, o filme sobre quilombolas assume um papel vital. Ele sensibiliza o público infantojuvenil sobre temas urgentes: pertencimento, ancestralidade, água e justiça climática.
Por isso, “A Mensagem de Jequi” é um chamado. Não apenas emociona — também inspira ações concretas, fortalece identidades e desperta consciências. É cinema que educa, transforma e celebra a vida.
Para saber mais, acesse o perfil oficial da Ao Vento Filmes.