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Vacina materna contra VSR reduz hospitalizações em até 72%

Vacina materna contra VSR reduz hospitalizações em até 72% e protege bebês desde o útero contra infecções pulmonares graves.

Nos primeiros meses de vida, uma infecção respiratória pode representar um risco severo para a saúde dos bebês. Agora, um estudo conduzido no Reino Unido e publicado pela revista científica The Lancet Child and Adolescent Health revela que a vacina materna contra o vírus sincicial respiratório (VSR) pode reduzir em até 72% as hospitalizações por infecções pulmonares graves. O achado traz alívio para milhares de famílias e representa um avanço notável na proteção neonatal.

Além disso, a vacina mostrou-se eficaz mesmo quando aplicada pouco antes do parto, reforçando sua importância na rotina pré-natal. Os resultados validam o papel fundamental da imunização materna como escudo protetor na fase mais delicada do desenvolvimento infantil.

O que é o VSR e por que ele representa risco aos bebês

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um agente infeccioso altamente contagioso que afeta principalmente o trato respiratório, causando desde sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado, até quadros graves como bronquiolite e pneumonia. A vacina materna contra VSR tem ganhado destaque justamente por combater um vírus que atinge quase todas as crianças até os dois anos de idade e que pode ser especialmente perigoso para bebês com menos de seis meses.

A transmissão do VSR ocorre por gotículas de saliva, espirros, tosse ou contato com superfícies contaminadas, sendo comum em ambientes como creches e hospitais. Por isso, estratégias de prevenção que oferecem proteção já nos primeiros meses de vida são essenciais para reduzir hospitalizações e salvar vidas.

Como a vacina materna contra VSR protege o bebê antes do nascimento

A eficácia da vacina materna contra VSR está ancorada em um processo biológico fascinante: a transferência de anticorpos da mãe para o bebê via placenta. Além disso, a partir da 28ª semana de gestação, essa transferência se intensifica, garantindo que os anticorpos protetores IgG cheguem ao feto em maior quantidade e qualidade.

Por meio de proteínas especializadas, esses anticorpos atravessam a barreira placentária e se instalam na corrente sanguínea fetal. Assim, o bebê já nasce com imunidade passiva contra o vírus sincicial respiratório — principal causador da bronquiolite e de pneumonias infantis.

Dado que impressiona:
Bebês cujas mães tomaram a vacina materna contra VSR com mais de 14 dias de antecedência tiveram 72% menos risco de hospitalização por infecção pulmonar.

Vacina materna contra VSR evita internações e salva vidas

A pesquisa analisou 537 casos de bebês internados na Inglaterra e Escócia durante o inverno de 2024-2025. Entre os 391 bebês que testaram positivo para o VSR, apenas 19% tinham mães vacinadas. Já entre os que não foram infectados, 41% eram filhos de gestantes imunizadas. Esses dados demonstram o impacto real da vacina materna contra VSR na prevenção de quadros graves.

Ainda que a vacinação tenha ocorrido em diferentes momentos da gravidez, a proteção foi significativa. De fato, quando administrada a qualquer momento antes do parto, a vacina reduziu as internações em 58%. Por isso, autoridades de saúde recomendam fortemente sua aplicação entre as 28 e 36 semanas de gestação.

“A vacinação materna é uma das estratégias mais promissoras para prevenir mortes infantis evitáveis por doenças respiratórias”, destacam os pesquisadores citados pela revista científica The Lancet Child and Adolescent Health.

O futuro da saúde neonatal

Portanto, diante do cenário global de alta incidência de doenças respiratórias em recém-nascidos, a vacina materna contra VSR desponta como uma solução preventiva eficaz e segura. Sua adoção pode transformar radicalmente a saúde neonatal, especialmente em regiões com infraestrutura hospitalar limitada.

Além disso, a vacina contribui para aliviar a sobrecarga dos sistemas de saúde, reduzir internações em UTIs e melhorar a qualidade de vida das famílias. À medida que sua implementação se amplia, os efeitos positivos devem ser sentidos em escala populacional, com redução de óbitos evitáveis e mais tranquilidade no início da maternidade.

Por fim, incluir a vacina materna contra VSR no calendário pré-natal é um passo simples, mas poderoso, para proteger os pequenos desde o primeiro suspiro.

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