O luto pela Preta Gil ecoa muito além da dor. Ele reflete a passagem de uma mulher que, mesmo diante da finitude, escolheu a entrega com fé, gratidão e dignidade. Em sua última entrevista à revista ELLE Brasil, publicada em 2024, Preta declarou: “Aceitando a finitude, tive calma e entrega. Eu dizia: ‘Deus, meus orixás e santos me protegem, os médicos fazem tudo, e eu vibro pela vida. Se chegar a morte, ok'”. A frase, dita por quem sabia que o tempo estava escasso, reverbera como um ensinamento espiritual profundo. Além disso, revela a lucidez rara de alguém que viveu intensamente até o último instante.
Luto pela Preta Gil se torna símbolo de aceitação e fé
O luto pela Preta Gil, para muitos, não é apenas por sua partida física, mas pela força simbólica de sua trajetória. Durante os dois anos de tratamento contra o câncer, ela manteve o olhar afetuoso sobre a vida, agradecendo a cada oportunidade de afeto, arte e reinvenção.
“Minha clareza aumentou e a intuição se refinou, virou um terceiro olho”, revelou Preta Gil à ELLE no editorial da edição #Volume15, onde protagonizou um ensaio poderoso, com ousadia, humor e beleza real.
Nessa mesma entrevista, destacou a conversa transformadora com seu pai, Gilberto Gil: “Preta, a gente luta até um limite. Há outra esfera da cura que não passa por nós. Seja responsável, aceite o que vier.” Por isso, essa troca afetiva e espiritual selou o que seria o momento mais íntimo de sua transição: a aceitação amorosa do inevitável.
Um legado que vai além da arte: amor-próprio, inclusão e verdade
O luto pela Preta Gil nos convida também à celebração de um legado imensurável. A cantora, empresária, atriz e ativista rompeu padrões, enfrentou tabus e defendeu com bravura o direito de ser quem se é. Sua transparência ao falar sobre os efeitos do tratamento, como o uso de bolsa de colostomia, abriu espaço para o diálogo público sobre doenças crônicas com humanidade e dignidade.
Mesmo nos últimos meses, viajou aos EUA em busca de novas terapias, não por desespero, mas por esperança. Fez de sua autobiografia, “Preta Gil: Os Primeiros 50”, um manifesto de resistência, humor e amor à vida. De fato, em cada frase, em cada imagem, Preta reafirmou que viver é também saber partir. Desse modo, ela transformou sua luta pessoal em legado coletivo.
A seguir, com sensibilidade e coragem, Preta Gil compartilha neste vídeo os bastidores mais íntimos de sua jornada com o câncer. Além disso, revela os aprendizados da autobiografia e a força que encontrou na família, na arte e no amor-próprio. Assista:
Capa histórica na ELLE e última grande mensagem pública
Na edição #Volume15 da ELLE Brasil, Preta Gil estampou a capa em um editorial que foi além da estética: trouxe alma. Pois, entre frases poderosas, revelou a entrega diante da finitude e a sabedoria da aceitação — elementos que hoje tornam o luto pela Preta Gil ainda mais profundo e simbólico.
“Minha clareza aumentou e a intuição se refinou, virou um terceiro olho”, declarou. A imagem irreverente, a pose firme e o sorriso sereno tornaram-se símbolo de um adeus que, paradoxalmente, transbordava vida. Ainda que sua partida estivesse próxima, Preta escolheu se expressar com beleza e força até o fim.
Luto pela Preta Gil também é saudade do seu Carnaval
O luto pela Preta Gil também reverbera nos batuques e brilhos do Carnaval. Em 2010, ela fundou o icônico Bloco da Preta, que rapidamente se transformou em um dos maiores e mais inclusivos do Rio de Janeiro. Com figurinos ousados, mensagens de autoestima e um repertório vibrante, Preta arrastava multidões pelas ruas, criando um espaço de liberdade, respeito e diversidade. A cada desfile, celebrava corpos livres, vozes plurais e o direito à alegria. Além disso, seu bloco se tornou símbolo de resistência cultural, especialmente para mulheres e fãs que encontravam ali um refúgio de acolhimento e identidade. Agora, o silêncio de sua ausência ecoa entre confetes e serpentinas, tornando o luto pela Preta Gil ainda mais simbólico para quem viveu esses carnavais com ela.
Luto pela Preta Gil nas redes: um movimento coletivo de amor
Logo após a confirmação de sua morte, o luto pela Preta Gil se espalhou pelas redes sociais como uma onda de afeto e memória. De fato, hashtags como #LutoPelaPretaGil e #VivaPreta dominaram os trending topics, e milhares de fãs, artistas e amigos compartilharam homenagens, fotos, trechos do livro e músicas que marcaram gerações.
A despedida virou também celebração: da coragem, da irreverência, da mulher que fez de sua trajetória um manifesto vivo de liberdade e amor-próprio. Por isso, o impacto de sua presença continua ressoando com intensidade.
Um legado que transforma
Portanto, o luto pela Preta Gil é coletivo, mas sua mensagem continua pulsando: viver com autenticidade, amar com liberdade e partir com gratidão. Sua história se transforma agora em guia — para que mais pessoas se sintam vistas, acolhidas e livres para brilhar, assim como ela brilhou. Para ler a entrevista completa e rever o editorial inesquecível, acesse a ELLE Brasil.