Categoria Sustentabilidade

Guardiões de sementes crioulas mantêm a diversidade alimentar e enfrentam a seca no Sertão

Guardiões de sementes crioulas protegem a diversidade alimentar e garantem colheitas no Sertão mesmo durante a seca, preservando a cultura e a autonomia das famílias agricultoras.

Já ouviu falar do feijão trivícia, rasga letra ou barrigudo? E da fava orelha de vó? Esses nomes curiosos revelam a riqueza escondida nos quintais e roçados de agricultores familiares conhecidos como guardiões de sementes crioulas. Afinal, a diversidade alimentar brasileira vai muito além do arroz branco e do feijão carioca.

Esses guardiões atuam com sabedoria ancestral, selecionando e adaptando grãos ao solo e ao clima de suas regiões. Conforme as condições climáticas mudam, essas sementes passam de geração em geração, mantendo viva uma cultura alimentar que resiste ao tempo e às adversidades climáticas. Conforme destacou o G1, essa prática tem garantido comida no prato mesmo durante longos períodos de seca.

Guardiões de sementes crioulas protegem o Sertão com biodiversidade adaptada

Enquanto a seca avança no Sertão de Pernambuco, guardiões de sementes crioulas e agricultores familiares seguem cultivando grãos resistentes ao calor e à escassez de água. Roselita Victor Albuquerque, da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), explica que, no mesmo espaço de terra, agricultores plantam feijão de arranque, feijão preto, jerimum, batata-doce, milho e fava. Essa diversidade produtiva protege as famílias: “Se uma cultura não vingar por conta do clima, outra garante a colheita”, afirma ao G1.

Aliás, os guardiões de sementes crioulas utilizam diferentes nomes para se referir às suas sementes, conforme o estado. Na Paraíba, as pessoas chamam de “sementes da paixão”; em Alagoas, de “sementes da fartura”; no Maranhão, de “sementes da liberdade”. Esses nomes revelam o valor simbólico das sementes: patrimônio cultural, autonomia e independência das grandes empresas.

Segurança alimentar e cultura local

Certamente, a atuação desses agricultores não beneficia apenas a economia, mas também fortalece a cultura alimentar e a segurança alimentar das comunidades. Além de garantir alimentos adaptados ao clima semiárido, eles preservam variedades esquecidas pelo agronegócio e protegem a autonomia alimentar. Eventualmente, esses grãos também circulam em feiras e trocas solidárias, fortalecendo redes comunitárias e resistência cultural no campo.

Sobretudo em tempos de mudanças climáticas e desafios socioeconômicos, os guardiões de sementes crioulas oferecem uma solução sustentável, acessível e enraizada nos saberes locais. Assim, eles garantem alimentos saudáveis, biodiversidade e esperança para o futuro das novas gerações.

Para conhecer mais sobre sementes crioulas e agroecologia, confira a reportagem completa no G1.

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