Um estudo inovador da Universidade do Alaska Fairbanks, divulgado em 21 de junho, trouxe à tona uma perspectiva que pode reconfigurar os pilares da física moderna: o tempo teria três dimensões. A pesquisa foi publicada no Reports in Advances of Physical Science e assinada pelo físico Gunther Kletetschka.
Três dimensões do tempo é a palavra-chave que define essa descoberta ousada, que, ademais, questiona diretamente a estrutura aceita do espaço-tempo. Enquanto a relatividade geral de Einstein considera o tempo como uma linha única que flui junto às três dimensões espaciais, essa nova teoria sugere que o tempo é, na verdade, o elemento central da existência, com três eixos independentes.
Tempo como base: espaço como manifestação
Conforme o estudo, o espaço seria uma consequência, uma manifestação visual e física das múltiplas direções possíveis do tempo. Em outras palavras, enquanto anteriormente se acreditava que o tempo percorria uma única linha, agora ele pode ser compreendido como uma estrutura semelhante a um “tecido tridimensional”, com trilhas paralelas, interligadas e autônomas.
A fórmula proposta por Kletetschka sobre o tempo, conecta seis dimensões, três temporais e três espaciais. E oferece respostas a enigmas que, até então, resistiam às explicações da física convencional. Inegavelmente, é uma teoria que pode aproximar os cientistas da tão sonhada teoria unificada, aquela capaz de juntar os princípios da mecânica quântica e da gravidade.
Dimensões e desdobramentos para o futuro da ciência
Primordialmente, a grande inovação está na possibilidade de que cada dimensão do tempo represente uma camada da realidade. A primeira indicaria o fluxo cronológico; a segunda, a coexistência de alternativas simultâneas; e a terceira, a transição entre esses estados. Essa visão não apenas abre novos horizontes teóricos, mas igualmente pode resultar em aplicações práticas futuramente.
Afinal, se comprovada por experimentos independentes — como propõe o próprio autor —, a teoria das três dimensões do tempo poderá contribuir para o entendimento de partículas subatômicas, buracos negros e até mesmo viagens no tempo, ainda que de maneira controlada e matemática.
Três dimensões do tempo: uma nova forma de entender a realidade
Enquanto muitos podem ver esse tipo de descoberta com ceticismo, é importante reconhecer o valor do pensamento disruptivo na ciência. Assim, a hipótese das três dimensões do tempo nos convida a expandir a mente e enxergar o universo sob uma ótica mais profunda e interconectada.
Eventualmente, esse modelo poderá integrar os currículos acadêmicos e influenciar o desenvolvimento de tecnologias de ponta. Em um mundo em constante transformação, compreender o tempo além da linearidade é, certamente, um passo rumo ao futuro.
Leia matéria completa da Revista Galileu que detalha o estudo e suas bases científicas.