Categoria Cultura

Quebra-mar da era romana revela engenharia milenar em Miseno

Descoberta subaquática revela quebra-mar da era romana no porto de Miseno, destacando o engenhoso uso de concreto hidráulico e materiais reutilizados pela engenharia naval romana.

Uma nova descoberta arqueológica na Itália resgata um legado milenar e evidencia a genialidade dos antigos romanos. O quebra-mar da era romana encontrado no antigo porto de Miseno, no sul do país, comprova a sofisticação das técnicas construtivas romanas, que ainda hoje inspiram engenheiros e pesquisadores ao redor do mundo.

O quebra-mar da era romana não só resistiu por mais de dois milênios, como também é prova da reutilização inteligente de materiais arquitetônicos e escultóricos em infraestruturas marítimas de defesa. Essa estratégia foi crucial para proteger a base da Frota Imperial, sediada em Misenum, um porto vital na estrutura militar e logística do Império Romano.

A força naval de Roma impulsionada por inovação

Aliás, Misenum foi mais do que um simples porto – foi o coração da marinha imperial romana. Estabelecida por Marco Agripa sob ordens do imperador Augusto, a Classis Misenensis operava com duplo porto: o externo, para manobras e atividades militares, e o interno, o Mare Morto, destinado à manutenção das embarcações.

Sobretudo, o quebra-mar da era romana, complexa estrutura, incluía aquedutos, cisternas como a imponente Piscina Mirabilis e, primordialmente, os quebra-mares formados por pilares (pilae) de concreto hidráulico, uma invenção que revolucionou a engenharia da época.

Concreto hidráulico e reutilização: sabedoria ecológica ancestral

Conforme revelado pelos arqueólogos, os romanos utilizavam uma fórmula que antecipava conceitos sustentáveis modernos. Misturando pozolana, cal e água do mar, criavam um concreto, quebra-mar da era romana, que endurecia submerso e se tornava mais resistente com o tempo.

Surpreendentemente, os romanos incorporavam fragmentos de esculturas e pedras de construções anteriores, promovendo a reutilização criativa dos recursos disponíveis. Eventualmente, essa prática, além de prática e econômica, fortalecia as estruturas ao permitir a formação de minerais como Al-tobermorita, que selavam naturalmente as fissuras.

Quebra-mar da era romana revela técnicas modernas e saberes do passado

Inegavelmente, o avanço das tecnologias de escavação subaquática tem sido decisivo para trazer à tona essas maravilhas perdidas. Com o uso de sonar de varredura lateral, fotogrametria e aspiradores subaquáticos, os especialistas conseguem mapear, registrar e preservar sítios como o quebra-mar da era romana com rapidez e precisão inéditas.

Enquanto as descobertas avançam, cresce também a valorização do conhecimento ancestral. Afinal, o legado deixado pelos romanos serve como inspiração para soluções resilientes e sustentáveis frente aos desafios atuais.

Quebra-mar da era romana é patrimônio vivo que conecta gerações

Atualmente, iniciativas como essa alimentam a esperança de que o passado pode iluminar o futuro. A resistência e engenhosidade do quebra-mar da era romana são exemplos de como o ser humano é capaz de inovar com consciência e respeito ao meio ambiente.

Posteriormente à conclusão dos trabalhos em Miseno, espera-se que o local se torne referência internacional em arqueologia subaquática. Para saber mais sobre o porto de Miseno, acesse a página oficial da Soprintendenza ABAP.


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