Julho Amarelo é uma campanha nacional de conscientização sobre as hepatites virais, doenças silenciosas que acometem o fígado e, frequentemente, evoluem de forma assintomática até estágios críticos. O mês de julho foi escolhido por incluir o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28/07, conforme instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A iniciativa é promovida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com apoio de secretarias municipais e estaduais de saúde, e oferece gratuitamente vacinação contra hepatites A e B, além de testes rápidos para hepatite C. Dessa forma, o Julho Amarelo propicia um importante alerta à população brasileira sobre os riscos da infecção e a importância do diagnóstico precoce.
Ações do Julho Amarelo em todo o país
Durante o Julho Amarelo, unidades de saúde, escolas e espaços públicos recebem ações educativas, rodas de conversa e orientações sobre cuidados preventivos. Assim sendo, materiais informativos e testagens rápidas são amplamente distribuídos, sobretudo em comunidades mais vulneráveis.
Em cidades como Cuiabá e Salvador, por exemplo, a campanha tem promovido dias de mobilização com apoio de voluntários, ONGs e lideranças comunitárias. Afinal, a prevenção das hepatites virais depende também do conhecimento da população sobre fatores de risco, sintomas e tratamento.
Por que o Julho Amarelo é tão necessário?
As hepatites B e C, principalmente, podem se tornar crônicas e evoluir para complicações como cirrose e câncer hepático. Ademais, são responsáveis por milhares de mortes evitáveis todos os anos. Contudo, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento são capazes de mudar essa realidade.
O Julho Amarelo também reforça a importância da vacinação e do uso de preservativos como formas eficazes de prevenção. Além disso, o não compartilhamento de objetos cortantes ou seringas segue sendo uma recomendação essencial.
Segundo dados do Ministério da Saúde, publicados em 2023, o Brasil ainda registra cerca de 20 mil novos casos de hepatites virais anualmente. Isso reforça, portanto, a necessidade de intensificar campanhas como o Julho Amarelo, sobretudo em regiões com baixa cobertura vacinal.
Um mês para cuidar do fígado e da vida
A cor amarela da campanha simboliza a icterícia, um dos sintomas visíveis da hepatite. Porém, a maioria dos casos se manifesta de forma silenciosa. Daí a importância do Julho Amarelo como movimento de conscientização ativa. A participação da população é fundamental para romper o ciclo de desinformação e evitar o avanço das doenças.
Em entrevista recente, a secretária de Saúde do Espírito Santo reforçou: “Cuidar do fígado é cuidar da vida”. E, similarmente, outras autoridades da saúde pública seguem convocando a sociedade a se envolver, fazer o teste, vacinar-se e compartilhar informações.
Para saber mais sobre as ações do Julho Amarelo, acesse o site do Ministério da Saúde ou procure a unidade de saúde mais próxima.