Taxa de analfabetismo no Brasil caiu para o menor patamar desde o início da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2016, sinalizando avanços concretos no acesso à educação. Além disso, a redução representa uma conquista relevante diante de desafios persistentes, como desigualdades regionais e sociais. Por isso, os dados mais recentes do IBGE são vistos com otimismo por educadores, gestores públicos e pesquisadores. Dessa forma, o país se aproxima, ainda que de forma gradual, das metas previstas pelo Plano Nacional de Educação, reforçando o impacto positivo de políticas educacionais contínuas.
Taxa de analfabetismo cai e atinge novo recorde
Segundo dados do IBGE, a taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais chegou a 5,3% em 2024, o menor índice já registrado desde o início da PNAD Contínua com módulo de educação, em 2016. Na prática, isso representa cerca de 9,1 milhões de brasileiros que ainda não sabem ler nem escrever — uma redução significativa frente aos 6,7% registrados oito anos antes.
Além disso, o dado demonstra que o Brasil superou a meta intermediária do Plano Nacional de Educação (PNE), que previa redução para 6,5% até 2015. Por isso, o resultado é visto como um sinal de avanço, mesmo que o país ainda não tenha alcançado a erradicação total prevista até 2024.
Avanços ocorrem também entre mulheres e população preta
Outro dado positivo é a queda no analfabetismo entre mulheres. A taxa de analfabetismo feminina entre pessoas com 15 anos ou mais foi de 5,0%, contra 5,6% entre os homens. Já entre os idosos, as mulheres ainda superam os homens: 15% contra 14,7%.
Por outro lado, a disparidade racial ainda exige atenção. A taxa entre pessoas pretas ou pardas é de 6,9%, mais que o dobro da registrada entre pessoas brancas (3,1%). Contudo, políticas públicas específicas têm contribuído para avanços lentos, mas consistentes, especialmente em áreas rurais e periferias urbanas.
Educação inclusiva e regionalizada é o próximo passo
A redução na taxa de analfabetismo reforça a importância de programas educacionais contínuos, adaptados às realidades locais. Iniciativas como alfabetização de jovens e adultos (EJA), ações comunitárias e ensino a distância têm ampliado o alcance da educação em regiões vulneráveis.
Portanto, apesar de o Brasil ainda não ter erradicado o analfabetismo, os dados indicam um caminho promissor. A manutenção de investimentos e o enfrentamento das desigualdades estruturais são fundamentais para garantir que esse avanço se torne permanente — e que mais brasileiros conquistem o direito à leitura e à escrita.