O livro de Dom Phillips “Como salvar a Amazônia“, projeto mais importante do jornalista britânico Dom Phillips, acaba de ser publicado no Brasil, Reino Unido e Estados Unidos. Três anos após seu assassinato, a boa notícia é que o livro ganhou vida graças ao esforço coletivo de familiares e amigos.
Lançado pelas editoras Companhia das Letras e Bonnier Books, reúne relatos de campo, entrevistas e reflexões sobre caminhos sustentáveis para a floresta. Assim, o legado de Dom se mantém vivo, levando ao mundo sua pergunta central: como proteger a Amazônia?
Como salvar a Amazônia é um convite à escuta dos povos da floresta
A primeira parte do livro de Dom Phillips “Como salvar a Amazônia” — introdução e três capítulos e meio — foi escrita inteiramente por ele, em primeira pessoa. A segunda parte foi completada por colegas e jornalistas próximos, respeitando o tom, as fontes e a narrativa deixada por ele.
De acordo com Andrew Fishman, amigo e cofundador do The Intercept Brasil, o livro de Dom Phillips é resultado de um esforço coletivo para concluir a missão de Dom. Ou seja, a publicação não apenas homenageia sua memória, mas também amplia as vozes de quem vive na Amazônia e luta diariamente por sua preservação.
Além disso, a obra reforça o jornalismo investigativo como ferramenta essencial de transformação. Com base em centenas de entrevistas organizadas por Dom, o livro “Como salvar a Amazônia” mantém o compromisso com a escuta de quem mais conhece a floresta: seus povos originários e defensores.
Livro de Dom Phillips reforça a importância da Amazônia para o mundo
A publicação do livro de Dom Phillips marca uma vitória simbólica contra a tentativa de silenciar quem denuncia crimes ambientais. Embora o crime cometido contra Dom e o indigenista Bruno Pereira tenha chocado o mundo, o livro agora transforma dor em ação e legado.
Segundo o Ministério Público Federal, novas denúncias foram apresentadas contra o suposto mandante do assassinato, além dos autores confessos. Enquanto isso, o livro chega às mãos do público como um chamado à responsabilidade coletiva.
Dessa forma, a pergunta deixada por Dom continua ecoando: como salvar a Amazônia? A boa notícia é que seu trabalho oferece caminhos e inspira novas gerações a buscar respostas com escuta, coragem e compromisso.