Categoria Turismo

Buraco das Araras abriga fauna rara e promove conservação

O Buraco das Araras, em Jardim (MS), é uma dolina de 100 metros de profundidade que abriga mais de 120 araras-vermelhas e diversas espécies da fauna e flora. Reconhecido como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), o local promove turismo ecológico, pesquisa e educação ambiental. As visitas são guiadas e seguem rígidas normas de conservação

O Buraco das Araras, no Mato Grosso do Sul, é uma dolina que se tornou referência em turismo ecológico e preservação ambiental.

Com cerca de 100m de profundidade, o Buraco das Araras é lar de mais de 120 araras-vermelhas e 150 espécies de animais silvestres. Localizado no município de Jardim, o espaço é uma dolina, formação geológica causada pela decomposição de rochas subterrâneas. Desde 2007, é reconhecido como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) pelo governo federal.

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Biodiversidade do Buraco das Araras impressiona visitantes

O Buraco das Araras abriga um lago formado por água da chuva e nascentes subterrâneas. Além disso, o local tem papel essencial para a reprodução das araras, que usam as cavidades das rochas para construir ninhos. Essas formações naturais oferecem proteção contra predadores e condições climáticas adversas, tornando-se ambientes ideais para a criação dos filhotes. Durante a época de acasalamento, as araras-vermelhas passam a maior parte do tempo em pares, reforçando vínculos e garantindo a continuidade da espécie. Por outro lado, outras aves também se beneficiam da estrutura da dolina para nidificação, o que contribui ainda mais para a riqueza ecológica do local.

Entre os animais encontrados estão:

  • Jacarés
  • Cobras, incluindo uma sucuri de quase 7 metros
  • Pequenos roedores
  • Macacos
  • Morcegos
  • Pássaros como pica-paus, periquitos, joãos-de-barro e andorinhas
  • Capins, flores e árvores frutíferas

O que é uma RPPN e quais atividades são permitidas

RPPN é uma unidade de conservação criada por iniciativa do proprietário, que pode ser pessoa física ou empresa. Ou seja, trata-se de uma área privada com uso voltado à preservação ambiental. Além disso, a criação de uma RPPN representa um compromisso voluntário com a natureza, reforçando a importância da ação individual na proteção de ecossistemas únicos. Por esse motivo, o modelo vem ganhando destaque como alternativa viável de conservação fora das unidades públicas tradicionais. Enquanto isso, iniciativas como o Buraco das Araras, ajudam a conectar a sociedade com a biodiversidade de forma direta e educativa.

No Buraco das Araras, são permitidas:

  • Pesquisa: estudos sobre fauna, flora e solo
  • Ecoturismo: trilhas e visitas monitoradas
  • Educação ambiental: atividades educativas com foco em conservação

Passeios no Buraco das Araras são guiados e sustentáveis

Há duas opções de passeio:

  • Trilha e contemplação: caminhada leve de 970 metros com duração de 1h20
  • Observação de aves: duração de 4h com foco em fotografia

Todos os passeios são acompanhados por guias ou monitores ambientais credenciados. Dessa forma, garante-se que o turismo seja realizado de maneira segura e respeitosa. Além disso, os visitantes do buraco das araras recebem orientações claras sobre como se comportar durante o percurso. Não é permitida interação com os animais, o que reforça o compromisso com o bem-estar da fauna local.

Os valores variam entre R$ 117 e R$ 385. Portanto, o recurso arrecadado é direcionado à conservação da RPPN. Por fim, lucros excedentes são destinados ao proprietário, Modesto Sampaio, que mantém o local com base em princípios de sustentabilidade e responsabilidade ambiental.

Criação da RPPN partiu do proprietário

Modesto Sampaio adquiriu a terra nos anos 1980. Com o passar do tempo, decidiu transformar a propriedade em área de conservação. Em 2007, os 29 hectares foram reconhecidos como RPPN pelo governo federal.

A fiscalização é feita anualmente por órgãos como ICMBio, Ibama e secretarias estaduais. Para que uma RPPN seja reconhecida no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, é necessário:

  • Escolher uma área com atributos naturais
  • Ter a documentação regularizada
  • Encaminhar o pedido ao ICMBio ou órgão estadual
  • Aguardar vistoria e liberação da licença

Assim, o Buraco das Araras é exemplo de como a iniciativa privada pode contribuir para a conservação da biodiversidade brasileira. Além disso, demonstra que a proteção ambiental pode caminhar junto com o turismo sustentável, a educação e a geração de renda local. Por meio de iniciativas voluntárias e conscientes, como a criação de RPPNs, é possível equilibrar o uso responsável dos recursos naturais com o respeito à fauna e à flora. Dessa forma, o Buraco das Araras inspira outras propriedades a seguirem o mesmo caminho, garantindo um futuro mais verde e preservado para as próximas gerações.

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