Categoria Saúde

Ouvir algo para dormir pode melhorar sua qualidade do sono

Ouvir música, podcasts ou audiolivros antes de dormir pode ajudar a relaxar e melhorar a qualidade do sono, desde que usado com moderação e de forma adequada. Especialistas destacam que o tipo de som e o momento de desligar são fundamentais para que a prática seja benéfica

Cada vez mais pessoas recorrem a estratégias diferentes para ter uma noite tranquila. Uma delas é ouvir algo para dormir, como músicas, podcasts, audiolivros ou até mesmo programas de TV. Embora, em geral, especialistas alertem sobre os riscos de usar telas antes de dormir, o simples ato de escutar pode ser benéfico — desde que feito da forma certa.

Segundo um estudo de 2018, mais da metade das pessoas com distúrbios do sono precisam ouvir algo para dormir. Ou seja, esse hábito tem se mostrado comum e, em muitos casos, eficiente. O mais importante, porém, é prestar atenção na maneira como esses sons são usados durante a noite.

Ouvir algo para dormir pode funcionar, desde que o som certo seja escolhido

Para que ouvir algo realmente funcione como auxílio ao sono, é preciso que esse conteúdo ajude o corpo e a mente a relaxar. De acordo com a médica Shalini Paruthi, o som não pode manter a pessoa engajada ou desperta por muito tempo. Caso contrário, o efeito é o oposto: perda de sono e menor descanso.

Além disso, conteúdos muito envolventes ou com ruídos inesperados devem ser evitados. Sons altos, trilhas com suspense ou episódios desconhecidos podem deixar o cérebro em estado de alerta, mesmo sem a pessoa perceber.

Em contrapartida, ruídos previsíveis — como ruído branco, ASMR ou uma história conhecida — podem sinalizar ao corpo que é hora de desacelerar. Segundo a neurologista Rachel Salas, esse tipo de rotina pode se tornar uma aliada valiosa para o relaxamento, principalmente em ambientes urbanos ou barulhentos.

Como aproveitar os benefícios e evitar armadilhas

Uma dica essencial para quem gosta de ouvir algo para dormir é ativar o temporizador automático. Assim, o som para após alguns minutos, evitando interferências no sono profundo. Sons contínuos durante toda a noite, mesmo que suaves, podem causar microdespertares que afetam a qualidade do descanso.

Outro ponto importante é o conteúdo escolhido. A psicóloga Lindsay Browning recomenda evitar livros empolgantes ou programas inéditos. Em vez disso, opte por histórias já conhecidas ou sons neutros que não estimulem a atenção. Isso ajuda o cérebro a entender que é hora de desligar e descansar.

E quando o som não é suficiente para dormir?

Em alguns casos, o som funciona como distração para pensamentos acelerados. No entanto, se o problema for recorrente, é importante buscar outras estratégias. Reservar um tempo no fim da tarde para refletir sobre preocupações ou tentar técnicas como o embaralhamento cognitivo podem ajudar a acalmar a mente.

Mas atenção: se mesmo com essas tentativas o problema persistir por mais de quatro semanas, o ideal é procurar um especialista em sono. Existem terapias eficazes, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia, que ajudam a identificar e tratar as causas do distúrbio.

A boa notícia está na adaptação ao seu estilo

A melhor rotina de sono é aquela que funciona para você. E a boa notícia é que, ao contrário do que se pensava, ouvir algo para dormir pode sim ser benéfico — desde que o som escolhido seja calmo, previsível e usado com moderação. Mais do que seguir regras rígidas, o segredo está em adaptar sua noite ao que realmente ajuda o corpo a relaxar.

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