Recentemente, casos de personalidades como a influenciadora Isabel Veloso, 18, e a modelo Vera Viel, 49, trouxeram o termo remissão do câncer ao debate público. Ambos os relatos mostraram que, após exames e tratamentos, não havia mais sinais ativos da doença. Mas o que exatamente significa esse estágio?
Segundo o oncologista Ramon Andrade de Mello, a remissão pode ser parcial ou completa, temporária ou permanente. Na remissão parcial, ocorre a redução do tumor ou dos sintomas. Já a completa representa o desaparecimento de todos os sinais detectáveis do câncer.
“O fato de não haver mais sintomas ou evidências clínicas é animador. Mas ainda assim, o acompanhamento médico é fundamental para avaliar a evolução”, reforça o especialista.
Cinco anos em remissão completa definem a cura
O entendimento médico atual estabelece que a cura do câncer está associada à manutenção da remissão completa por, no mínimo, cinco anos. Nesse período, o paciente deve seguir com consultas regulares, mesmo que esteja se sentindo bem.
“Mesmo após a remissão completa, células cancerosas residuais podem permanecer no corpo. Por isso, é essencial manter o acompanhamento”, afirma Ramon.
Além disso, a possibilidade de cura depende do tipo de tumor e do estágio em que foi diagnosticado. Alguns tipos de câncer, mesmo em fases mais avançadas, apresentam alta taxa de cura com os tratamentos corretos. A detecção precoce continua sendo um dos principais fatores para o sucesso do tratamento.
Casos como o de Vera Viel, que afirmou estar em remissão após novos exames, mostram que, apesar dos desafios, há caminhos possíveis e reais para a recuperação.
Remissão do câncer reforça importância da vigilância contínua
Mesmo após o tratamento, pacientes devem manter o acompanhamento com oncologistas. Essas consultas incluem exames físicos, laboratoriais e de imagem — independentemente da presença de sintomas.
“Esses cuidados visam identificar recidivas ou novos problemas de saúde o quanto antes”, explica o médico. A remissão do câncer é uma boa notícia porque indica que o corpo respondeu ao tratamento. Mas ela também é um convite à continuidade dos cuidados e à valorização do diagnóstico precoce.